Pelosi dá prazo até terça-feira por acordo de alívio antes de eleição

914

São Paulo – A presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, a democrata Nancy Pelosi, estabeleceu o prazo até terça-feira para que um acordo seja alcançado com a Casa Branca por um novo pacote de estímulos ante das eleições presidenciais de 3 de novembro, e disse estar otimista.

Pelosi anunciou ontem o prazo de 48 horas por um acordo após conversar com
o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, no final de semana.

“O 48 só vale se quisermos concluí-lo antes da eleição, o que queremos”, disse Pelosi ontem, em uma entrevista à “ABC News”. “Mas estamos dizendo a eles que temos que congelar o design em algumas dessas coisas. Vamos com isso ou não? E qual é a linguagem”, disse.

Segundo Pelosi, a Casa Branca diluiu a linguagem dos democratas sobre um plano nacional para testes e rastreamento de contatos para combater a pandemia de covid-19. Ela disse que “deve” foi alterado para “pode”, “requisitos” para “recomendações” e “plano” para “estratégia”, e não um plano estratégico.

“Eles retiraram 55% da linguagem que tínhamos lá para teste e rastreamento”, disse Pelosi, acrescentando que os democratas estão “buscando clareza” nos detalhes da linguagem. “Ainda não temos um acordo sobre a linguagem, mas estou esperançosa”, disse ela.

Ao ser questionada se haverá um acordo, ela disse que “depende da administração”, mas se considera otimista. “Estou otimista porque, novamente, estamos indo e voltando sobre tudo isso”, acrescentou.

Pelosi e Mnuchin vêm negociando há meses para chegar a um acordo sobre outro pacote de estímulos. A Câmara aprovou um pacote de ajuda de US$ 3 trilhões em maio que não avançou no Senado, e recentemente a Casa Branca ofereceu um acordo de US$ 1,8 trilhão.

O líder dos republicanos no Senado, Mitch McConnell, disse na quinta-feira que não colocaria um acordo potencial de US$ 1,8 trilhão para votação no plenário, uma vez que defende um pacote menor.

Em um evento da “NBC News” na quinta-feira passada, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse querer aprovar um “grande e bonito estímulo”. Mas cedo no mesmo dia, ele havia reforçado a disposição de aprovar um alívio maior do que os US$ 1,8 trilhão oferecido pela Casa Branca.