São Paulo – A Vale estreou hoje no mercado de carbono. A empresa anunciou a compra de 133 mil créditos, realizados no final de 2022, o que equivale a proteger cerca de 50 mil hectares de floresta neste ano. Cada crédito de carbono corresponde a 1.000 toneladas métricas de dióxido de carbono equivalente que não foram lançadas na atmosfera.
Os créditos foram comprados do Grupo Algar, que posiciona o seu projeto REDD+ (Reducing Emissions from Deforestation and Forest Degradation ou Redução de Emissões do Desmatamento e da Degradação de Florestas) na Fazenda Pacajá, braço florestal da Algar Farming, na região do Marajó, no Pará. O programa foi selecionado a partir de um estudo com mais de 60 iniciativas realizadas pelo Fundo Vale.
O projeto REDD+ do Grupo Algar visa conservar mais de 140.000 hectares de floresta nativa no bioma Amazônia, evitando o desmatamento não planejado. Estima-se que ao longo dos 30 anos de vida do projeto, evitará aproximadamente 40 milhões de toneladas de emissões atmosféricas de CO2. O projeto está em fase final de registro no Verified Carbon Standard (VCS), padrão de qualidade para contabilidade de carbono mais utilizado e um dos mais confiáveis do mercado voluntário, e no Social Carbon, padrão de avaliação e monitoramento de co -benefícios, aplicados em conjunto com os padrões de contabilidade de carbono.
Na visão das companhias, este novo projeto e parceria ampliará os co-benefícios entre o Fundo Vale e o Grupo Algar além da compra de créditos de carbono florestal. No âmbito socioambiental, o REDD+ contribuirá para o monitoramento da biodiversidade na região e impulsionará as iniciativas de prevenção ao desmatamento. Também apoiará a subsistência das comunidades com base no investimento econômico, social e ambiental.
COMPROMISSO ASSUMIDO
Em 2019, a Vale se comprometeu em proteger e restaurar 500 mil hectares de habitat nativo fora de suas áreas até 2030. Assim, iniciou-se um importante movimento para alavancar a agenda de recuperação e proteção florestal, coordenada pelo Fundo Vale. “Desse montante, 400 mil hectares serão protegidos por meio de parcerias com unidades de conservação e projetos de REDD+. Os outros 100 mil hectares serão restaurados por meio de uma rede de negócios regenerativos parceiros e outras soluções de impactos positivos, pensadas para gerar renda e emprego, impulsionar cadeias produtivas sustentáveis em todo o processo de recuperação do bioma e sequestrar carbono da atmosfera”, informou a empresa.