São Paulo – Em evento realizado hoje na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a entidade divulgou suas projeções e impressões para o ano de 2023. Preocupada com o rumo fiscal do País, a associação projeta que o varejo tenha alta de 1,5% ao final do ano. Já o PIB, deve ter acréscimo mais modesto: 0,6%.
“Houve redução do endividamento público, mas a parte fiscal tem elevado o risco país. O avanço do emprego deixou o consumidor mais otimista com o futuro, o que vem ocorrendo desde maio de 2021”, contextualiza o economista da ACSP Ulisses Ruiz de Gamboa.
Já o economista-chefe da ACSP, Marcel Domingos Solimeo, é menos efusivo: “A melhora no índice de confiança não significa que ele (o consumidor) está otimista”, opina.
O presidente da ACSP, Alfredo Cotait Neto, vê certa nebulosidade no horizonte: “A gente espera que o Governo apresente um plano. Assusta um pouco que eles estão desfazendo algumas conquistas como o voto de minerva do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), que volta para a Receita Federal e não é mais do contribuinte. Isso foi uma perda para a sociedade” diz assertivo.
Neto foi enfático ao dizer que nenhuma das reformas tributárias que circulam no Congresso agradam a associação, e foi além: “Antes de uma reforma tributária, precisamos de uma reforma administrativa”.
“Diferente do primeiro governo Lula, não teremos um crescimento baseado no crédito”, projeta Neto, que arrematou: “Sem crescimento econômico não há desenvolvimento social”.