São Paulo – A taxa de desocupação chegou a 6,2% no trimestre encerrado em outubro de 2024, com queda de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre encerrado em julho (6,8%). Esta foi a menor taxa de desocupação da série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012.
As informações são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado ficou em linha com a mediana das expectativas do mercado financeiro, de +6,2%, conforme o Termômetro Safras.
A população desocupada (6,8 milhões) recuou nas duas comparações: -8,0% (menos 591 mil pessoas) no trimestre e -17,2% (menos 1,4 milhão de pessoas) no ano. Foi o menor contingente de desocupados desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014.
A população ocupada (103,6 milhões) foi novo recorde da série histórica, crescendo em ambas as comparações: 1,5% (mais 1,6 milhão de pessoas) no trimestre e 3,4% (mais 3,4 milhões de pessoas) no ano. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) subiu para 58,7%, recorde da série histórica, crescendo nas duas comparações: 0,8 p.p. no trimestre (57,9%) e 1,5 p.p. (57,2%) no ano.
A taxa composta de subutilização (15,4%) recuou nas duas comparações: -0,8 p.p. no trimestre e -2,1 p.p. no ano. Foi a menor taxa para um trimestre encerrado em outubro desde 2014 (14,8%). A população subutilizada (17,8 milhões) foi a menor desde o trimestre móvel encerrado em maio de 2015 (17,7 milhões), recuando nas duas comparações: -4,6% (menos 862 mil) no trimestre e -10,8% (menos 2,2 milhões) no ano.
A população subocupada por insuficiência de horas (5,1 milhões) não teve variação significativa no trimestre e caiu 5,8% (menos 314 mil pessoas) no ano. A população fora da força de trabalho (66,1 milhões) recuou 0,9% (-623 mil pessoas) no trimestre e 0,8% (menos 523 mil pessoas) no ano.
A população desalentada (3,0 milhões) foi a menor desde o trimestre encerrado em abril de 2016 (2,9 milhões), recuando nas duas comparações: -5,5% (menos 176 mil pessoas) no trimestre e -11,7% (menos 403 mil pessoas) no ano. O percentual de desalentados (2,7%) recuou 0,2 p.p. no trimestre e 0,4 p.p. no ano.
O número de empregados no setor privado (53,4 milhões) foi recorde, com altas de 1,9% (mais 995 mil pessoas) no trimestre e de 5,0% (mais 2,5 milhões de pessoas) no ano. O número de empregados com carteira assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) também foi recorde: 39,0 milhões. Houve alta de 1,2% (mais 479 mil pessoas) no trimestre e de 3,7% (mais 1,4 milhão de pessoas) no ano. O número de empregados sem carteira no setor privado (14,4 milhões) também foi recorde, com altas de 3,7% (mais 517 mil pessoas) no trimestre e de 8,4% (mais 1,1 milhão de pessoas) no ano.
O número de empregados no setor público (12,8 milhões) foi recorde, ficando estável no trimestre e subindo 5,8% (699 mil pessoas) no ano.
O número de trabalhadores por conta própria (25,7 milhões) ficou estável nas duas comparações. Já o número de trabalhadores domésticos (6,0 milhões) cresceu 2,3% (mais 134 mil pessoas) no trimestre e ficou estável no ano.
A taxa de informalidade foi de 38,9% da população ocupada (ou 40,3 milhões de trabalhadores informais) contra 38,7 % (ou 39,4 milhões) no trimestre encerrado em julho e 39,1 % (ou 39,2 milhões) no mesmo trimestre de 2023.
O rendimento real habitual de todos os trabalhos (R$ 3.255) ficou estável no trimestre cresceu 3,9% no ano. A massa de rendimento real habitual (R$ 332,6 bilhões) cresceu 2,4% (mais R$ 7,7 bilhões) no trimestre e 7,7% (mais R$ 23,6 bilhões) no ano.
A força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas), no trimestre de agosto a outubro de 2024, chegou a 110,4 milhões de pessoas, novo recorde da série histórica, crescendo nas duas comparações: 0,9% (mais 989 mil pessoas) frente ao trimestre de abril a junho de 2024 e 1,8% (mais 2,0 milhões de pessoas) ante o mesmo trimestre móvel de 2023.
A análise da ocupação por grupamentos de atividade ante o trimestre de maio a julho de 2024 mostrou aumento em três grupamentos: Indústria Geral (2,9%, ou mais 381 mil pessoas), Construção (2,4%, ou mais 183 mil pessoas) e Outros serviços (3,4%, ou mais 187 mil pessoas). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.