Serviços avançam 1,1% em outubro ante setembro; previsão era de +0,50%

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Créditos: Valeria Boltneva/Pexels

São Paulo – A receita real de serviços, que se refere à evolução do volume da atividade no setor em termos reais, descontada a inflação (deflacionado), avançou 1,1% em setembro ante agosto, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou acima das expectativas do mercado financeiro, de +0,50%, conforme o Termômetro Safras.

Já em relação a setembro de 2023, o volume de serviços avançou 6,3%. O resultado também superou as expectativas do mercado financeiro, de +5,50%, conforme o Termômetro Safras.

Em relação a outubro de 2023, na série sem ajuste sazonal, o volume de serviços cresceu 6,3%, sétimo resultado positivo consecutivo. O acumulado no ano chegou a 3,2% frente a igual período de 2023 e o acumulado em doze meses avançou 2,7%, maior taxa desde fevereiro de 2024 (2,8%).

A média móvel trimestral para o volume de serviços foi de 0,6% no trimestre encerrado em outubro de 2024 frente ao nível do mês anterior. Ainda na série com ajuste sazonal, houve altas em três dos cinco setores investigados: transportes (1,6%), profissionais, administrativos e complementares (1,0%) e serviços prestados às famílias (0,3%). Já informação e comunicação (-0,4%) e outros serviços (-0,2%) registraram as retrações do mês.

Em relação outubro de 2023, o volume do setor de serviços cresceu 6,3%, sétimo resultado positivo seguido. O avanço deste mês foi acompanhado por todas as cinco atividades de divulgação e contou ainda com crescimento em 63,9% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, o de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (6,8%) exerceu o principal impacto positivo, impulsionado, principalmente, pelo aumento da receita em transporte aéreo; rodoviário coletivo de passageiros; gestão de portos e terminais; armazenamento; e transporte ferroviário de cargas.

Os demais avanços vieram dos serviços profissionais, administrativos e complementares (7,4%) de informação e comunicação (6,7%); dos prestados às famílias (5,0%) e dos outros serviços (2,3%), explicados, em grande parte, pela maior receita vinda de atividades jurídicas; agenciamento de espaços de publicidade; intermediação de negócios em geral por meio de aplicativos ou de plataformas de e-commerce; e organização, promoção e gestão de feiras, congressos, convenções, no primeiro ramo; de telecomunicações; portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet; desenvolvimento e licenciamento de softwares; desenvolvimento de programas de computador sob encomenda; e suporte técnico, manutenção e outros serviços em tecnologia da informação, no segundo; de restaurantes; serviços de bufê; e espetáculos teatrais e musicais, no terceiro; e de corretoras de títulos e valores mobiliários; coleta de resíduos não perigosos de origem doméstica, urbana e industrial; atividades imobiliárias; e manutenção e reparação de veículos automotores, no último.

No acumulado no ano, frente a igual período de 2023, o setor de serviços cresceu 3,2%, com altas em quatro das cinco atividades de divulgação e em 62,0% dos 166 tipos de serviços investigados. As contribuições positivas mais importantes vieram dos ramos de serviços profissionais, administrativos e complementares (7,4%) e de informação e comunicação (6,2%), impulsionados pelo aumento das receitas nos segmentos de agenciamento de espaços de publicidade atividades jurídicas; e intermediação de negócios em geral por meio de aplicativos ou de plataformas de e-commerce, no primeiro setor; e de telecomunicações; portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet; e desenvolvimento e licenciamento de softwares, no último.

Os demais avanços vieram dos serviços prestados às famílias (4,6%); e dos outros serviços (2,2%), explicados, principalmente, pelo aumento na receita de restaurantes; serviços de bufê espetáculos teatrais e musicais; e hotéis, na primeira atividade; e de corretoras de títulos e de valores mobiliários; coleta de resíduos não perigosos de origem doméstica, urbana ou industrial administração de cartões de crédito; atividades imobiliárias; e seguros, previdência complementar e planos de saúde, na segunda. A única influência negativa veio dos transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-1,3%), pressionados pela menor receita vinda de rodoviário de cargas; gestão de portos e terminais; e transporte aéreo.