O líder do governo no Senado, senador Randolfe Rodrigues (PT/AP), em entrevista hoje mais cedo ao programa Em Ponto, da GloboNews, falou sobre o processo de aprovação do projeto de ajuste fiscal, encaminhado pelo governo.
“O ajuste das contas públicas é importante para o Brasil. Temos cenário futuro de turbulência na economia mundial, e é legítimo que o Congresso faça ajustes necessários no pacote fiscal”, afirmou.
Ele também falou sobre a liberação de emendas parlamentares, que haviam sido suspensas por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). “Governo não tem responsabilidade sobre decisões do STF. Vamos pagar todos os recursos que pertencem ao Congresso Nacional”.
Randolfe afirmou que será possível votar o pacote do ajuste neste ano, e que “sem ele, vamos ter problemas com o orçamento de 2025”. Ele reforçou que a prioridade agora é votar os projetos em ‘tempo exíguo’.
Ao ser questionado sobre a ausência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por conta da cirurgia feita na noite de segunda-feira para resolver uma hemorragia cerebral, o líder do governo no Senado disse que ele orientou ministros e líderes para negociar com deputados e senadores. “O fundamental neste momento é a votação em prazo exíguo dos projetos em andamento. Lula deixou as orientações devidas para conduzir as conversas com Congresso”.
O presidente do Senado e do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, segundo Randolfe, disse que haverá sessões até o dia 20 de dezembro, nas quais estão planejadas a aprovação da regulamentação da Reforma Tributária e do ajuste fiscal.
“A votação de reforma tributária representa geração de emprego para mais de 12 milhões de brasileiros. Quando o Congresso resolve, conseguimos votar em tempo hábil os temas fundamentais para o país. Há compreensão de Lira [Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados] e Pacheco de votação da Reforma Tributária. Para eles, será um legado invejável”.
Ao ser perguntado sobre uma possível reforma ministerial a partir de 2025, Randolfe disse que o presidente Lula não cogita isso no momento. “Lula não tem cogitado reforma ministerial neste ano. A coalizão que apoia o governo está devidamente contemplada nos ministérios. Reforma ministerial é assunto da presidência da República”.