São Paulo, 19 de dezembro de 2024 – O Banco Central (BC) elevou a previsão para a inflação em 2024 de 4,3% para 4,9%, segundo dados divulgados na edição de dezembro do Relatório Trimestral de Inflação (RTI). A estimativa está 1,9 pp acima do centro da meta prevista para este ano, de 3,00%.
A previsão para a inflação no ano que vem teve projeção elevada de 3,7% para 4,5%, ficando 1,5 pp acima do centro da meta (3%). A projeção de inflação para 2026 passou de 3,3% para 3,6%, ficando 0,6 ponto acima do centro da meta estipulada.
No atual horizonte relevante de política monetária, correspondendo ao segundo trimestre de 2026, a inflação projetada é de 4,0%. As projeções de inflação representam a visão do Copom e são condicionais em um conjunto de variáveis, como as trajetórias da taxa Selic oriunda da pesquisa Focus e da taxa de câmbio baseada na teoria da Paridade do Poder de Compra (PPC).
“Na comparação com o Relatório anterior, as projeções de inflação subiram em todo o horizonte apresentado, aumentando assim o distanciamento em relação à meta e tornando a convergência para a meta mais desafiadora”, aponta o relatório.
A projeção para o segundo trimestre de 2026 aumentou 0,5 p.p. em relação ao Relatório anterior. “O aumento da projeção de inflação no horizonte relevante resultou principalmente da atividade econômica mais forte que o esperado, que levou a uma elevação no hiato do produto estimado, da depreciação cambial e do aumento das expectativas de inflação”, acrescenta o texto.
O relatório também destaca que as recentes surpresas inflacionárias e a revisão das projeções de curto prazo também contribuíram, no caso via inércia. “Esses fatores mais do que compensaram os efeitos da subida da taxa de juros real, que, entretanto, contribuíram para evitar um aumento mais acentuado nas projeções”.
PIB
O Banco Central (BC) elevou a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, de 3,2% para 3,5% na edição de dezembro do Relatório Trimestral de Inflação (RTI). A previsão para 2025 passou de 2% para 2,1% do PIB.
Dylan Della Pasqua / Safras News
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