São Paulo, 26 de dezembro de 2024 – A Bolsa fechou em alta com apoio das ações da Petrobras (PETR3 e PETR4), do setor financeiro e da Vale (VALE3). O índice oscilou entre a mínima de 120.427,86 pontos e a máxima de 121.611,92 pontos em um dia parado, com pouca liquidez na volta do Natal.
Os investidores esperam para amanhã (27) os dados da prévia da inflação de dezembro-IPCA-15.
As ações do IRB (IRBR3), Brava Energia (BRAV3) e Pão de Açúcar foram destaques de alta-+11,29%, 6,63% e +6,17%, respectivamente. Os papéis com maiores perdas foram Magazine Luiza (MGLU3) e CVC (CVCB3) de 6,44% e 7,74%, nessa ordem.
A Vale (VALE3) subiu 0,29%. Petrobras (PETR3 e PETR4) avançou 1,26% e 0,39%. Itaú (ITUB4) registrou ganho de 0,64%.
O principal índice da B3 subiu 0,25%, aos 121.077,50 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em fevereiro teve ganho de 0,34%, aos 122.565 pontos. O giro financeiro foi de R$ 15,8 bilhões. Em Nova York, os índices fecharam mistos.
Alexandre Pletes, heaqd de renda variável da Faz Capital, disse que “o dia é de pouca liquidez, mas caminha para uma retomada. O fiscal segue no radar dos investidores. Na ponta negativa, as varejistas se destacam porque a curva de juros segue pressionando, e o setor de proteína tem queda expressiva, como BRF (ON,-2,15%) e Minerva (ON,-4,04%) [setor se valorizou nas últimas sessões]. Na positiva, temos Brava, após acordo com PetroRecôncavo. Amanhã devemos ver menos liquidez com a proximidade do final de semana e ano novo”.
De acordo com a Ativa Investimentos, a Bolsa sobe “puxada pelos grandes bancos e Petrobras”.
Um gestor de investimentos de um grande banco disse que a Bolsa tenta firmar no positivo “com melhora das ações das commodities-Petrobras e Vale- e de bancos. Talvez ensaiando um ralizinho de final de ano. As cíclicas sofrem com a abertura na curva de juros futuros diante de uma Selic mais alta”.
O gestor de investimentos disse que agora é o “momento de comprar ações com fundamentos e que pagam bons dividendos, como B3, CPFL, Raizen, Vibra”.
O dólar comercial fechou em queda de 0,11%, cotado a R$ 6,1773. O leilão à vista de US$ 3 bilhões, realizado de manhã pelo Banco Central (BC), chegou a favorecer o real, mas as incertezas fiscais voltaram a jogar contra a moeda brasileira.
Segundo o head de Tesouraria do Travelex Bank Marcos Weigt, o novo patamar do dólar é de R$ 6,00, e caso a situação não se agrave o governo não dá indícios que irá propor novas medidas de ajuste fiscal.
De acordo com a Ajax Asset, “lá fora, num dia de fraca agenda nos Estados Unidos, os juros dos Treasury bonds registram leve alta, enquanto o dólar se depreciar levemente no mercado internacional. Commodities avançam o com o desempenho positivo das bolsas asiáticas”.
As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecham majoritariamente em alta nesta quinta-feira de baixa liquidez, depois do feriado de Natal. Os treasuries (títulos do Tesouro norte-americano) também sobem enquanto os investidores analisavam novos dados sobre pedidos semanais de seguro-desemprego.
Por volta das 16h40 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2025 tinha taxa de 12,166% de 12,173% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2026 projetava taxa de 15,350%, de 13,220, o DI para janeiro de 2027 ia a 15,640%, de 15,470%, e o DI para janeiro de 2028 com taxa de 15,500% de 15,280% na mesma comparação. O dólar opera em queda, cotado a R$ 6,1778 para venda.
Os principais índices do mercado de ações dos Estados Unidos fecharam o pregão mistos, em uma sessão de baixo volume após dois dias de fortes altas no início da semana de feriado.
Confira abaixo a variação e a pontuação dos índices de ações dos Estados Unidos após o fechamento:
Dow Jones: +0,07%, 43.325,80 pontos
Nasdaq 100: -0,05%, 20.020,4 pontos
S&P 500: -0,04%, 6.037,59 pontos
Paulo Holland, Camila Brunelli e Darlan de Azevedo / Safras News
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