Apesar da queda forte em 2024, ação da Vale segue recomendada por bom pagamento de dividendos

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São Paulo, 9 de janeiro de 2025 – Em 2024, a Vale (VALE3), ação de maior peso no índice da bolsa brasileira, teve a pior queda desde 2015 em 23%, e nos primeiros dias de janeiro ainda está no negativo de 6%.

Apesar disso, ainda é vantajoso para o investidor ter a ação na carteira em razão dos dividendos, diz Daiane Gubert, head de assessoria de investimentos da Melver.

“O preço do minério caiu 15% em 2024. Além da fraqueza da demanda da China, os estoques altos jogaram o preço pra baixo. A estimativa para 2025 é se manter com esses dois desafios: muito estoque e pouca demanda. A expectativa de dividendos este ano é de 9%, o que pode fazer valer a pena ter a Vale [na carteira], mesmo com a China demandando pouco”.

Em relatório, o Santander Brasil também recomenda as ações da Vale em razão de ser boa pagadora de dividendos e uma empresa sólida.

“As ações da empresa são pouco voláteis, com baixo endividamento e que oferecem dividendos como forma de pagamento aos acionistas”, informa o relatório.

“Vemos a empresa sendo negociado a um valuation atraente (EV/EBITDA 2025 E de 3,0x, rendimento de FCL de 15% e dividend yield de 9%), aproximadamente 35% abaixo da média de 10 anos e 36% abaixo da média dos seus pares australianos. Esperamos que a demanda da commodity de alta qualidade continue decente no curto prazo beneficiando a empresa devido ao incremento do projeto S11D-localizado no município de Canaã dos Carajás, no sudeste do Pará-“.

Em relatório, o Santander projeta para este ano preços médios de minério de ferro de US$ 115 a tonelada.

A mineradora vem de sete pregões em queda e na sessão de hoje tenta melhorar. Chegou a subir mais de 1%, mas passou a cair. Às 16h09 (horário de Brasília) recuava 0,50%.

“A Vale vai conseguir reverter esse pessimismo, se ela conseguir acelerar a geração de caixa dela, é um desafio por causa da baixa demanda”, diz a head de assessoria de investimentos da Melver.