Conselheiros de Trump consideram aumentos gradativos nas tarifas para evitar picos de inflação

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Os principais conselheiros econômicos do presidente eleito Donald Trump estão considerando um aumento gradual nas tarifas, como forma de fortalecer a posição de negociação e evitar um aumento repentino na inflação.

A notícia impactou positivamente os futuros do mercado de ações na noite de segunda-feira, com empresas como Tesla, Nvidia e Palantir Technologies registrando altas de 1% a 2% após o fechamento do mercado.

Uma das propostas em discussão prevê um aumento mensal de 2% a 5% nas tarifas, utilizando poderes emergenciais, informou a Bloomberg, citando fontes próximas ao assunto. Entre os assessores que analisam a ideia estão Scott Bessent, indicado para Secretário do Tesouro, Kevin Hassett, cotado para diretor do Conselho Econômico Nacional, e Stephen Miran, escolhido para liderar o Conselho de Assessores Econômicos.

Wall Street vê Bessent, um gestor de fundos de hedge, como alguém que pode defender aumentos graduais nas tarifas para minimizar impactos econômicos negativos. No entanto, fontes afirmaram que o plano ainda não foi apresentado a Trump, indicando que a proposta está em fase inicial de avaliação.

Trump Ameaça Medidas Drásticas

Em 25 de novembro, Trump ameaçou impor aumentos massivos de tarifas sobre produtos da China, Canadá e México em seu primeiro dia no cargo, incluindo uma tarifa adicional de 10% sobre mercadorias chinesas e 25% sobre produtos vindos do Canadá e do México.

Ainda não está claro se Trump levará adiante essas ameaças ou se as utilizou apenas como uma estratégia de negociação. Durante a campanha presidencial, ele propôs um aumento de 10% a 20% nas tarifas de todos os bens importados e uma elevação de 60% nas tarifas sobre produtos chineses. Em janeiro, Trump negou relatos de que limitaria os aumentos tarifários a itens específicos e críticos.