São Paulo, SP – Os índices futuros americanos e as bolsas europeias abriram em alta. O mercado aguarda hoje a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), referente a dezembro, nos Estados Unidos. Em novembro, o CPI subiu 0,3%, a maior alta desde abril, após avançar 0,2% por quatro meses consecutivos. Nos 12 meses até novembro, o índice subiu 2,7%, de 2,6% em outubro.
Ontem, o Indice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) mostrou uma alta de 0,2% em dezembro na comparação mensal, após alta revisada de 0,4% em novembro. O resultado ficou abaixo da expectativa dos analistas, que projetavam um avanço de 0,3%. Na base anual, porém, o PPI registrou alta de 3,3%, ligeiramente acima da previsão de 3%.
Para Thomas Ryan, economista para a América do Norte da Capital Economics, o aumento abaixo do esperado do PPI e a estabilidade do núcleo do podem parecer sinais positivos. No entanto, esses números ocultam algumas altas de preços em componentes-chave que impactam diretamente o índice de inflação preferido do Fed, o núcleo do Índice de Preços de Gastos de Consumo Pessoa (PCE, na sigla em inglês). “Neste momento, tudo indica que os preços do núcleo do PCE subiram a um ritmo mensal de 0,27%, acima da meta, no mês passado, mas isso pode mudar com a divulgação dos dados de hoje do CPI”, explicou Ryan.
Ontem, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Kansas, Jeffrey Schmid, disse que a política [monetária] dos EUA deveria ser neutra e que a força da economia permite ao país ser paciente. “Com a inflação próxima da meta e o crescimento mostrando contínuo dinamismo, acredito que estamos próximos do ponto em que a economia não precisa nem de restrições nem de estímulos.” Ele também ressaltou que o mercado de trabalho nos EUA continua resiliente, com a taxa de desemprego em 3,5%, nível mais baixo em mais de 50 anos, mas que isso não significa que o mercado de trabalho está sem desafios.
Ainda nos EUA, hoje será divulgado o Livro Bege (relatório do Fed sobre as condições econômicas das 12 principais regiões do país). No Livro Bege de novembro, o Fed afirmou que atividade econômica apresentou leve alta na maioria das regiões e o consumo foi, no geral, estável. Sobre o mercado de trabalho, o Fed disse que se
manteve estável, com poucas contratações e baixos índices de demissões. “Embora o crescimento salarial tenha desacelerado na maioria das regiões, empregos de nível básico e em áreas técnicas continuaram a apresentar aumentos robustos, com perspectivas de continuidade em 2025.”
Por aqui, hoje saem os números do setor de Serviços de novembro, que devem recuar 0,25% ante outubro. No comparativo com o mesmo período de 2023, é projetada uma alta de 3,65%. As estimativas foram calculadas pelo Termômetro Safras. As previsões de oito instituições financeiras consultadas para o resultado mensal variam entre -1,20% e 0,90%, com a média das projeções em -0,25%. Na comparação com novembro do ano anterior, as previsões de oito “casas” consultadas variam entre 2,60% e 4,80% (média em 3,59%).
Amanhã será a vez dos números do Indice de Atividade Econômica (IBC-Br), referente a novembro. O indicador é conhecido com o uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB). Em outubro, o IBC-Br registrou alta de 0,1% na comparação com o mês anterior. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o IBC-Br teve alta de 7,3%, enquanto no acumulado em 12 meses o índice chegou a 3,4%. No terceiro trimestre, o PIB brasileiro desacelerou e expandiu 0,9%.
Hoje serão apresentados os dados de novembro do Resultado do Tesouro Nacional (RTN), com início às 15h. Em outubro, o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) registrou superávit primário de R$ 40,811 bilhões, ante resultado positivo de R$ 18,124 bilhões registrado em igual mês do ano passado. É uma alta real de 114,9%. Nos dez primeiros meses do ano, há déficit acumulado de R$ 64,376 bilhões, retração real de 18,3% em relação aos R$ 76,206 bilhões negativos apurados em igual período de 2023.
No setor corporativo, o Banco do Brasil é um dos apoiadores do Programa Mais Professores para o Brasil, apresentado pelo Governo Federal nesta terça-feira, 14, e que tem como objetivo promover ações integradas para a valorização e qualificação do magistério e incentivo à docência no Brasil. Parceiro na frente Valorização do programa, o BB preparou uma série de vantagens e benefícios para os profissionais da educação de todo o país.