Logan, do Fed, afirma que mais cortes de juros devem vir se houver resfriamento da economia

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Lorie Logan, presidente do Fed Dallas, afirmou que cortes nas taxas de juros só devem ocorrer se houver um resfriamento significativo no mercado de trabalho dos EUA. Em discurso preparado para uma conferência na Cidade do México ontem (6), Logan destacou que, mesmo com a inflação se aproximando da meta de 2%, o Fed pode manter as taxas elevadas por “um bom tempo” se o mercado de trabalho permanecer forte. Ela argumentou que a combinação de inflação em desaceleração e um mercado de trabalho resiliente sugere que a política monetária atual já está próxima da taxa neutra, sem espaço para cortes imediatos.

Logan também mencionou que, se o mercado de trabalho ou a demanda econômica esfriarem, isso poderia justificar uma flexibilização da política monetária. Na semana passada, o Fed manteve sua taxa de juros no intervalo de 4,25%-4,50%, com o presidente Jerome Powell reforçando que não há pressa para cortes adicionais. A inflação medida pelo índice de preços de consumo pessoal (PCE) subiu para 2,6% em dezembro, enquanto o mercado de trabalho permaneceu robusto, com a taxa de desemprego caindo para 4,1% no mês passado.

Logan ressaltou que incertezas, como a política comercial da administração Trump e condições financeiras voláteis, podem influenciar o caminho da política monetária. Ela enfatizou que a decisão de cortar ou manter as taxas dependerá da necessidade de garantir a estabilidade de preços de forma sustentável. Enquanto isso, os mercados financeiros permanecem atentos aos dados do mercado de trabalho, com expectativas de que o crescimento de empregos em fevereiro desacelere, mas não entre em colapso.