O relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), divulgado hoje mais cedo, manteve a previsão de crescimento na demanda de petróleo em 1,45 milhão de barris de petróleo por dia (bpd), e em 1,43 milhão de bpd em 2026. Segundo a entidade, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) deve crescer cerca de 100 mil bpd em relação ao ano anterior, enquanto os países que não fazem parte do bloco devem crescer sua demanda em 1,3 milhão de bpd.
“Esse robusto crescimento da demanda por petróleo deve continuar em 2026. A demanda global de petróleo para 2026 está prevista para crescer 1,43 milhão de bpd em relação ao ano anterior, inalterada em relação à avaliação do mês passado”, diz um trecho do documento.
Já a oferta da commodity por parte dos países que não fazem parte da Opep está prevista para crescer 1 milhão de bpd em 2025, em relação ao ano anterior, revisada para baixo em 100 mil bpd em relação à avaliação do mês passado. Os principais impulsionadores do crescimento devem ser os EUA, Brasil, Canadá e Noruega.
A Opep aponta a política econômica dos EUA como fator de incerteza para a economia global. “A combinação de níveis elevados de taxas de juros e condições financeiras mais restritivas tende a desafiar o crescimento econômico global. Além disso, a política comercial da nova administração dos EUA adicionou mais incerteza aos mercados, o que tem o potencial de criar desequilíbrios entre oferta e demanda que não refletem os fundamentos de mercado e, portanto, gerar mais volatilidade. Tanto nas economias desenvolvidas quanto nos mercados emergentes, essas incertezas comerciais aumentaram as expectativas de inflação acima das metas dos principais bancos centrais e tornaram mais desafiador cortar as taxas de juros em 2025”, aponta um trecho do relatório.