Porto Alegre, 24 de fevereiro de 2025 – O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do FGV IBRE voltou a cair em fevereiro, desta vez em 2,6 pontos, para 83,6 pontos, menor nível desde agosto de 2022 (82,1 pts.). Em médias móveis trimestrais, o índice recuou em 3,6 pontos, para 87,0 pontos. As informações são da Fundação Getulio Vargas (FGV).
“Ao recuar pela terceira vez seguida, a confiança do consumidor acumula mais de 10 pontos de queda sendo, em fevereiro, impulsionada apenas pela deterioração das expectativas futuras. O resultado confirma um maior pessimismo entre os consumidores nesse início de ano, disseminado entre as faixas de renda e mais forte para aqueles de menor poder aquisitivo. O mal-estar é resultado da piora da inflação de alimentos, que reduz o poder de compra das famílias em bens essenciais e, da elevação da taxa de juros, que agrava a situação financeira das famílias”, afirma Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE.
Neste mês, a queda do ICC foi influenciada pelas expectativas. O Índice de Expectativas (IE) recuou pelo terceiro mês seguido, agora em 4,3 pontos, para 87,3 pontos. O Índice de Situação Atual (ISA) permaneceu estável em 79,4 pontos.
Entre os quesitos, o que mede a intenção de compras de bens duráveis foi o que mais contribuiu para queda da confiança neste mês, ao recuar 9,9 pontos, para 75,2 pontos, menor nível desde agosto de 2022 (74,7 pts.). A queda também foi observada no indicador que mede as perspectivas para situação financeira futura da família que cedeu 3,0 pontos, para 89,5 pontos, e do indicador que mede a percepção sobre as finanças das famílias que caiu 0,9 ponto, para 68,8 pontos. Na contramão, avançaram os indicadores que avaliam a situação econômica local atual e situação econômica local futura, com 0,9 e 0,3 ponto, para 90,4 e 98,6 pontos.
Entre as faixas de renda, a queda na confiança ocorreu também em todas as faixas de renda, sendo a mais acentuada entre os consumidores com renda de até R$ 2.100,00.
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