Lucro líquido da Copel recua 39% no 4° trimestre de 2024

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São Paulo, SP – A Copel divulgou na noite de ontem o balanço do quarto trimestre de 2024 (4T24), com lucro líquido de R$ 575,2 milhões, queda de 39% em relação ao mesmo período de 2023 (4T23). Em 2024, o lucro líquido foi de R$ 2,799 bilhões, alta de 20,3% em relação a 2023. Segundo o relatório da companhia, esse decréscimo também é explicado pelo resultado da Compagas e UEGA (operações descontinuadas) de R$ 323,8 milhões no 4T23.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 1,256 bilhão, queda de 12,9% em relação ao 4T23. Em 2024, o Ebitda ajustado foi de R$ 5,106 bilhões, queda de 6,6% em comparação a 2023. Já a margem Ebitda ajustado foi de 20,9%, queda 5 pontos percentuais em relação ao 4T23. Em 2024, a margem Ebitda ajustado foi de 22,5%, queda 2,9 pontos percentuais em relação a 2023.

Segundo a companhia, o resultado reflete mais um trimestre de consistência nas entregas e disciplina na alocação de capital. A Copel Geração e Transmissão (Copel GeT) e a Copel
Comercialização (Copel Com) representaram aproximadamente 47,6% desse resultado, enquanto a Copel Distribuição (Copel Dis) representou 56,9%.

A receita líquida foi de R$ 6,019 bilhões, alta de 8,1% em relação ao 4T23. Em 2024, a receita líquida foi de R$ 22,6 bilhões, alta de 5,5% em relação a 2023.

O resultado financeiro foi negativo em R$ 376,8 milhões no 4T24 ante R$ 305,7 milhões negativos registrados no 4T23, um incremento de R$ 71,1 milhões, reflexo, sobretudo do aumento da despesa com variação monetária, cambial e encargos da dívida em R$ 84,8 milhões (+20,7%) em razão do aumento da dívida e CDI (principal indexador das dívidas da Copel; do acréscimo de PIS/Pasep e Cofins sobre juros sobre capital próprio de R$ 28,3 milhões (+92,8%) decorrente do maior valor de JCP pago das subsidiárias para holding no 4T23; do aumento em variação monetária e ajuste a valor presente sobre conta a pagar vinculadas à concessão (UBP) no valor de R$ 20,4 milhões (52,3%); e do aumento em variação cambial sobre compra de energia elétrica de Itaipu no montante de R$ 20,6 milhões em virtude da valorização do dólar.

O total da dívida consolidada da Copel em 2024 foi de R$ 17,7 bilhões, variação de 18,7% em relação ao montante registrado em 31 de dezembro de 2023, de R$ 14,9 bilhões. A alavancagem ficou em 2,6x Ebitda.

No 4T24, a Copel Geração e Transmissão registrou 3.761 GWh de energia elétrica vendida pelas fontes hídricas, uma redução de 8,1%, principalmente, devido as menores vendas no curto prazo (MCP). A energia vendida não considera a geração alocada no Mecanismo de Realocação de Energia (MRE), a qual apresentou redução no trimestre (2.289 GWh ante 3.054 GWh no 4T23). Para os parques eólicos, o total de energia elétrica vendida foi 1.241 GWh, uma redução de 7,0%, devido, principalmente, a redução da venda em contratos bilaterais, parcialmente compensado pela energia vendida no ambiente regulado (CCEARs) em função do início do suprimento do Complexo Eólico Vilas.

Presente em 10 estados, a Copel Geração e Transmissão opera um parque diversificado de usinas hidrelétricas e eólicas, totalizando 6.553,9 MW de potência instalada e 2.886,8 MW médios de garantia física. Já no segmento Transmissão, a Copel detém uma malha total de 9.684 Km de linha de transmissão e 53 subestações de rede básica, considerando as participações.