Por Wilian Miron
São Paulo – A Petrobras deve reverter prejuízo e registrar lucro no terceiro trimestre de 2019, comparado a igual período do ano passado, quando os resultados da companhia foram afetados pelo pagamento de acordos com as autoridades norte-americanas e o acordo da class action.
De acordo com relatório do banco UBS, a receita do período deve crescer na comparação anual, mas será parcialmente afetada por um valor mais baixo no preço do petróleo no mercado internacional entre julho e setembro, que teve preço médio de US$ 62,00 o barril.
Para a equipe do Itaú BBA, o principal destaque da empresa no trimestre é a área de Exploração & Produção, que apresentou crescimento de 14,6% e alcançou 2,878 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), beneficiada pela entrada em operação de 7 navios plataforma.
O BTG Pactual prevê que o destaque da estatal será a área de Refino, com o uso da capacidade de produção passando de 76% no segundo trimestre para 80% no terceiro trimestre, o que na visão do banco também pode ser um “bom indicador de margens”.
Outro ponto positivo apontado pelos bancos é a provisão de R$ 3,2 bilhões anunciada na sexta-feira (18) pela companhia, por conta de litígios envolvendo a Sete Brasil e disputas ambientais no Paraná, além da participação especial e royalties relacionadas à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Veja abaixo a média das projeções coletadas pela Agência CMA. As variações são calculadas com base no terceiro trimestre de 2018:
LUCRO LIQUIDO: R$ 6,842 bilhões, revertendo prejuízo de R$ 5,841 bilhões
RECEITA LIQUIDA: R$ 78,654 bilhões, queda de 20%
EBITDA AJUSTADO: R$ 25,256 bilhões, queda de 15,4%
Nesta prévia foram utilizadas projeções do Itaú BBA, UBS, XP Investimentos, Morgan Stanley e BTG Pactual. A companhia divulgará os resultados amanhã (24), depois do fechamento do mercado.