Governo argentino teve sombras, mas também luzes, diz ministro de Finanças

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Por Julieta Marino

Buenos Aires – O Ministro de Finanças da Argentina, Hernán Lacunza, reconheceu que o governo do presidente do país, Mauricio Macri, teve “sombras” em questões econômicas, mas também pediu para reconhecer que houve “algumas luzes”.

“Não pretendemos exagerar nem as luzes nem as sombras. É pouco producente. A colheita indica que, em termos de bem-estar, os resultados foram inferiores aos esperados, mas houve uma semeadura para o futuro. E na economia, a semeadura e a colheita nunca são simultâneas: às vezes devem ser medidas em períodos plurianuais”, afirmou.

As declarações foram dadas ontem ao apresentar um balanço da administração econômica durante os quatro anos de administração de Macri.

“É difícil fazer crescer a economia, corrigir os preços relativos, corrigir as tarifas e reduzir a taxa de inflação. Tudo ao mesmo tempo “, disse.

Ele reconheceu que houve má sorte com a seca do no ano passado, que retirou US$ 8 bilhões do mercado de câmbio, e afirmou que havia uma “assincronia entre a política monetária e a fiscal”.

Sobre o crescimento da pobreza durante a gestão do Cambiemos, coalizão política de Macri, Lacunza disse que desde a recuperação da democracia “a média é de 36%. Não é um consolo, mas é a realidade.”

Sobre a atividade econômica, ele disse que está praticamente estagnada desde 2011 e admitiu que, com os números de agosto deste ano, o nível de atividade econômica é 3,4% menor ao de 2015. Além disso, ele observou que a inflação deste ano estará acima de 50%.