China considera sancionar autoridades dos EUA por apoio a Hong Kong

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Por Cristiana Euclydes

São Paulo – A China considera impedir a entrada no país de autoridades dos Estados Unidos que interferirem nos assuntos de Hong Kong, em resposta às duas leis assinadas pelo presidente norte-americano Donald Trump em apoio aos protestos na região autônoma.

“A China está considerando colocar os redatores da Lei de Direitos Humanos e Democracia de Hong Kong na lista de proibição de entrada, impedindo-os de entrar no continente chinês, Hong Kong e Macau”, disse Hu Xijin, editor do jornal “Global Times”, publicado pelo Partido Comunista da China, no Twitter.

Trump assinou ontem e transformou em lei dois projetos em apoio à Hong Kong. Um deles proíbe a exportação de certas munições para a polícia local e, o outro, a Lei de Direitos Humanos e Democracia de Hong Kong, torna o status comercial favorável dos Estados Unidos concedido a Hong Kong sujeito a uma revisão anual, além de prever sanções por violações de direitos humanos.

O Ministério de Relações Exteriores da China, em resposta, publicou uma nota condenando as medidas, por interferirem em assuntos puramente internos da China. “Aconselhamos os Estados Unidos a não agir arbitrariamente, ou a China irá reagir resolutamente”, diz o comunicado, sem detalhas quais serão as contramedidas.

O comunicado diz ainda que “esse projeto de lei só tornará o povo chinês, incluindo nossos compatriotas em Hong Kong, mais ciente das intenções sinistras e da natureza hegemônica dos Estados Unidos, e apenas tornará o povo chinês mais comprometido. A trama dos Estados Unidos está condenada ao fracasso”.