Por Priscilla Oliveira
Brasília – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) reduziu a taxa básica de juros, a Selic, em 0,5 ponto percentual (pp), para 4,5% ao ano (aa) – uma nova mínima histórica. Foi o quarto corte consecutivo na taxa depois de mais de um ano de estabilidade. A decisão unânime ficou em linha com a previsão da maioria das instituições financeiras consultadas pela Agência CMA.
Segundo Pedro Garrido, economista da Conselho Federal de Economia (Cofecon), a queda visa estimular a economia que ainda está com a recuperação lenta.
“Apesar de alguns analistas terem visto um lado positivo no crescimento do PIB, a gente observa que os dados do terceiro trimestre ainda mostram desaceleração em relação a um ano antes”, afirmou.Garrido acredita que além da queda nos juros ainda são necessárias outras medidas, especialmente do lado fiscal para que a economia volte a crescer.
O economista acredita que para 2020 o Banco Central deve manter a taxa Selic básica, podendo haver alguma alteração caso o cenário de inflação seja afetado por problemas no setor externo, neste caso possa haver uma elevação na taxa de juros.
CICLO ECONÔMICO
O Copom avaliou que o atual ciclo econômico ainda requer cautela na condução da política monetária, e enfatizou que “que seus próximos passos continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação”.
O comunicado também afirma que o processo de recuperação econômica brasileira ganhou tração. “Dados de atividade econômica a partir do segundo trimestre indicam que o processo de recuperação da economia brasileira ganhou tração, em relação ao observado até o primeiro trimestre de 2019. O cenário do Copom supõe que essa recuperação seguirá em ritmo gradual”.
Em relação a novos cortes de juros, que foram mencioandas nas atas das últimas reuniões, neste comunidaco a menção de novos cortes de juros foi removida do texto.
