MERCADO AGORA: Veja um sumário do comportamento dos negócios até o momento

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Por Danielle Fonseca, Flavya Pereira e Olívia Bulla

São Paulo – O Ibovespa opera em leve alta acompanhando os principais mercados acionários no exterior e puxado pelas ações da Vale e demais papéis ligados a commodities, em dia de vencimento de opções sobre ações.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava alta de 0,29% aos 105.041,04 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 11,3 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em dezembro de 2019 apresentava avanço de 0,51% aos 105.835 pontos.  

“Não há muitas notícias hoje e estamos dependendo do exterior, esperando ainda soluções sobre a questão comercial entre China e Estados Unidos e para o Brexit”, disse o economista-chefe da Codepe Corretora, José Costa.

O vice-presidente chinês Liu He disse que as negociações comerciais entre os dois países fizeram progresso concreto em direção a um acordo comercial em Washington, e que interromper a guerra comercial seria bom para os dois lados e para o mundo.

Já na Europa seguem incertezas sobre o Brexit, com o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, se preparando levar o acordo novamente ao Parlamento, depois de perder a primeira tentativa, no sábado. Johnson tentará hoje obter os votos de que precisa para a aprovação.

Na esteira de melhores expectativas sobre a guerra comercial, as ações ligadas a commodities têm um dia positivo, com os papéis da Vale, da CSN, Suzano e da BRF entre as maiores altas do Ibovespa. A maior alta, no entanto, é da Yduqs com investidores vendo com bons olhos a compra da Adtalem Educacional – dona do Ibmec, da Wyden Educacional e da Damásio Educacional – por R$ 1,92 bilhão.

O dólar comercial segue em alta frente ao real, acima do nível de R$ 4,14, reagindo às incertezas no exterior com o Brexit, acordo de saída do Reino Unido da União Europeia, e aqui, com o mercado revisando as projeções de corte da taxa básica de juros (Selic). Mais cedo, o relatório de mercado Focus, divulgado pelo Banco Central (BC), trouxe expectativa de taxa a 4,50% ao fim do ano, ante aposta de 4,75% na semana passada, e de 5,00% há um mês. Foi a quarta redução seguida. Hoje, a Selic está em 5,50%.

Por volta das 13h30, o dólr comercial registrava alta de 0,50%, sendo negociado a R $ 4,1410 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em novembro de 2019 apresentava avanço de 0,63%, cotado a R$ 4,143.

Segundo o economista da Guide Investimentos, Victor Beyruti, a moeda local tem um dos piores desempenhos entre as moedas de países emergentes em meio à revisão das projeções para a taxa Selic. “A revisão das expectativas de cortes mais fortes da taxa Selic faz o real dar uma destoada em relação a outras moedas”, comenta.

A próxima reunião do Comitê de Política Monetária do BC será na próxima semana. O economista acrescenta que, apesar da indefinição e das incertezas em torno do acordo de saída do Reino Unido da União Europeia, o dólar opera com poucas oscilações no exterior. “Esse estresse da moeda é mais interno mesmo”, diz.

As taxas dos contratos futuros de juros (DIs) seguem oscilando entre margens estreitas e não exibem uma direção indefinida. Enquanto o trecho mais curto se ajusta às perspectivas de que a Selic pode cair ainda mais, os vértices mais longos são ligeiramente pressionados pelo dólar, que tem dia de correção.

Às 13h30, o DI para janeiro de 2020 tinha taxa de 4,829%, de 4,846% no ajuste anterior, na última sexta-feira; o DI para janeiro de 2021 estava em 4,45%, de 4,47%; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 5,42%, de 5,44% após ajuste da semana passada; e o DI para janeiro de 2025 tinha taxa de 6,13%,de 6,14%, na mesma comparação.