Indústria interrompe três altas e cai mais que o esperado em novembro

778

São Paulo – A produção industrial brasileira interrompeu três altas consecutivas em novembro e caiu 1,2% em relação a outubro, eliminando parte da alta de 2,2% acumulada de agosto a outubro de 2019, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A queda é maior que a previsão, de -0,60%, conforme mediana das estimativas coletadas pelo Termômetro CMA.

Na comparação anual, a produção industrial brasileira recuou 1,7%, interrompendo dois resultados positivos consecutivos nesse tipo de confronto. A queda também é maior que mediana das expectativas, de -0,70%, ainda conforme o Termômetro CMA. Com o resultado, a indústria nacional acumula quedas de 1,1% em 2019 e de 1,3% nos últimos 12 meses, até novembro.

Segundo o IBGE, com esses resultados, o setor industrial se encontra 17,1% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011. No confronto mensal, 16 das 26 atividades pesquisadas apresentaram variações negativas na produção em novembro em relação a outubro, com quedas em todas as quatro grandes categorias econômicas.

Entre os destaques, as influências negativas mais importantes foram verificadas nas atividades de produtos alimentícios (-3,3%); veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,4%) e indústrias extrativas (-1,7%). Por outro lado, merece atenção a alta em coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (+1,6%).

Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação ao mês anterior, destaque para os setores produtores de bens de consumo duráveis (-2,4%). O segmento de bens intermediários recuou 1,5% e de bens de capital cedeu 1,3%, enquanto bens de consumo semiduráveis e não duráveis teve queda de 0,5%.

Já na comparação com novembro de 2018, houve queda em duas das quatro grandes categorias econômicas, atingindo 18 das 26 atividades pesquisadas. O IBGE ressalta que novembro de 2019 teve o mesmo número de dias úteis que o mesmo mês do ano anterior.

Entre as atividades, indústrias extrativas (-8,9%) e metalurgia (-8,4%) exerceram as maiores influências negativas, ao passo que a produção de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (+5,4%) e de bebidas (+6,7%) foram os maiores impactos positivos. Nas categorias, os segmentos de bens de consumo semi e não-duráveis (1,1%) e de bens de consumo duráveis (0,7%) marcaram os resultados positivos, enquanto bens de capital (-3,1%) e bens intermediários (-2,8%) caíram, na mesma base de comparação.