São Paulo – A receita real de serviços, que se refere à evolução do volume da atividade no setor em termos reais, descontada a inflação (deflacionado), oscilou em baixa de 0,1% em novembro, em base mensal, interrompendo dois meses seguidos de alta, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Entre setembro e outubro, o setor de serviços acumulou crescimento de 2,2%. Já em relação a novembro de 2018, o volume de serviços avançou 1,8%, alcançando a terceira taxa positiva consecutiva. Com isso, o setor de serviços acumula altas de 0,9% em 2019 e também nos últimos 12 meses, até novembro.
Em base mensal, três das cinco atividades pesquisadas registraram queda, com destaque para o recuo nos serviços de transportes e auxiliares, além dos correios (-0,7%). Na outra ponta, o destaque positivo ficou com outros serviços (+1,7%). Já na comparação anual, quatro das cinco atividades pesquisadas subiram, sendo que a exceção ficou novamente com transportes, serviços auxiliares e correios (-1,9%).
Segundo o gerente da pesquisa do IBGE, Rodrigo Lobo, a queda nesse setor reflete a pressão vinda do transporte rodoviário de cargas. “É um setor ligado à indústria, que está tendo dificuldade. Então se há uma perda de ritmo na indústria, isso acaba impactando o transporte rodoviário de cargas”, explica.
Ele acrescenta que também houve recuo nos serviços de informação e comunicação, em decorrência da diminuição de serviços na tecnologia da informação e da exibição cinematográfica. “Outro recuo foi nos serviços prestados às famílias, relacionado aos hotéis e serviços de bufê”, conclui.