São Paulo – O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 1,2% em 2019 e deve crescer 2,5% este ano, ao participar do painel sobre “Perspectivas econômicas da América Latina” no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.
Segundo o ministro, o Brasil era há algumas décadas a economia que mais crescia no mundo, mais rápido que China, Coreia do Sul e Japão. “De alguma forma, perdemos nosso caminho”. Ele destacou o aumento dos gastos públicos no país nos últimos quarenta anos, o que levou o país a entrar em uma bola de neve de dívida.
“No fim destes quarenta anos, vemos gastos públicos incontroláveis, corrupção de um sistema democrático e estagnação econômica”, disse. “Não é algo que aconteceu de repente ao Brasil”. Ele comparou a economia do país à uma grande “baleia ferida”, com arpões de juros altos, taxa de inflação alta, burocracia e impostos altos. “Eventualmente, você mata a baleia”, afirmou.
“No primeiro ano, removemos um ou dois arpões. Vamos crescer 1%. No segundo ano, continuamos removendo arpões para se mover melhor, 2%. Terceiro ano, 3%. No último ano, 4%. No primeiro ano, 1,2%, e esse ano parece que será de 2,5%, mais alto do que eu pensei no começo”, segundo o ministro.
“Estamos começando a remover os arpões, a economia está começando a se mover e acreditamos que contribuiremos nos próximos anos dois, três ou quatro anos para o crescimento da região”.
Guedes afirmou que as principais medidas adotadas pelo governo para controlar os gastos públicos são a reforma da Previdência, a redução dos pagamentos dos juros da dívida e a criação do estado de emergência fiscal, no qual prefeituras e governos estaduais que estiverem em problemas tem o podem de congelar aumentos de salários no setor público.