MERCADO AGORA: Veja um sumário dos negócios até o momento

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Por Danielle Fonseca, Flavya Pereira e Olívia Bulla

São Paulo – O Ibovespa segue em alta de mais de 1% acompanhando o movimento de recuperação visto nas Bolsas no exterior, com destaque para a alta das Bolsas chinesas, após o governo da China ter continuado a anunciar medidas de apoio à economia. Investidores também acreditam que o crescimento do número de casos de coronavírus possa perder ímpeto.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava alta de 1,10% aos 115.890,42 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 8,7 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa cem vencimento em fevereiro de 2020 apresentava avanço de 1,14% aos 116.095 pontos.

O Banco do Povo da China (Pboc, o banco central do país) injetou hoje 500 bilhões de iuanes (US$ 71,21 bilhões) de liquidez no sistema bancário através de operações de recompra reversa, depois de injetar 1,2 trilhão de iuanes ontem, quando também cortou os juros destas operações.

“A notícia é positiva para o mercado por lá e ajuda o mercado de forma geral a aumentar o apetite por risco”, disse o sócio da Criteria Investimentos, Vitor Miziara, sobre as medidas chinesas.

Entre as ações, as ligadas a commodities também mostram recuperação, caso da Vale. Já as maiores altas do Ibovespa são das ações da MRV, da Gol e da Cogna. Os acionistas da MRV aprovaram na última sexta-feira a incorporação da participação indireta do controlador Rubens Menin na AHS Residential ao capital social da MRV.

Já a Gol anunciou hoje anunciaram um acordo com a American Airlines de compartilhamento de voos diários entre a América do Sul e os Estados Unidos. Também foi convocada uma assembleia geral extraordinária para o dia 5 de março para aprovação da incorporação das ações da Smiles pela Gol.

O dólar comercial segue em queda frente ao real, mas desacelerou as perdas com correção no mercado doméstico, apesar de acompanhar o ambiente de alívio no exterior em meio à percepção de desaceleração no contágio do coronavírus.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava queda de 0,18%, sendo negociado a R$ 4,2420 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em março de 2020 apresentava recuo de 0,19%, cotado a R$ 4,245.

O diretor de câmbio do grupo Ourominas, Mauriciano Cavalcante, ressalta o movimento “exagerado” da semana passada ao passo que o coronavírus avançava na China e em outros países. “Criou-se um pânico global”, diz sobre o comportamento dos ativos na semana passada, no qual o dólar caiu 2,3% refletindo a forte aversão ao risco.

Para o analista da corretora Mirae Asset, Pedro Galdi, a expectativa de que o controle da doença esteja próximo e com a percepção de que o ritmo de contaminação está diminuindo embalam o comportamento do mercado hoje.

Cavalcante ressalta que esse “alívio” deixa os mercados “mais animados” hoje. “Se as notícias continuarem positivas, o dólar deve continuar recuando e deve buscar os R$ 4,20”, diz.

As taxas dos contratos futuros de juros (DIs) seguem em queda, mas reduziram o ritmo de retirada de prêmios. Os investidores reagem aos números mais fracos que o esperado da atividade industrial em dezembro e calibram as chances de corte na Selic amanhã, quando termina a reunião deste mês do Comitê de Política Monetária (Copom).

Às 13h30, o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 4,295%, de 4,325% ao final do ajuste de ontem; o DI para janeiro de 2022 estava em 4,89%, de 4,93% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 5,44%, de 5,46%; e o DI para janeiro de 2025 tinha taxa de 6,11%, de 6,15% na mesma comparação.