São Paulo – A Eneva, controlada pelo BTG Pactual e pela família Moreira Sales, afirmou que o seu conselho de administração aprovou uma proposta de fusão com a AES Tietê que visa a unificação das bases acionárias em uma única companhia aberta listada no Novo Mercado da B3.
Em comunicado, a empresa explicou que a operação compreende uma relação de troca de 0,0461 ações ordinárias para cada ação ordinária ou preferencial de emissão da AES Tietê ou de 0,2305 por UNIT, mais uma parcela em dinheiro de R$ 2,750 bilhões, o equivalente a R$ 1,38 por cada ação ordinária ou preferencial ou R$ 6,89 por UNIT.
Atualmente, a Eneva possui um parque de geração térmico de 2,2 gigawatts (GW), que representa 5% da capacidade de geração térmica do país. A sua capacidade total instalada atingirá 2,8 GW até 2024, com a entrada em operação de três novas usinas, que em conjunto representam investimentos estimados em R$ 3,6 bilhões.
Além disso, a empresa opera 10 campos de gás natural nas Bacias do Parnaíba e Amazonas e possui contratos de concessão para exploração e produção de hidrocarbonetos em mais de 45 mil quilômetros quadrados.
“A combinação de negócios resultaria em gigante no setor de geração, com portfólio de ativos essenciais para o país e, ainda, com todas as competências necessárias para o desenvolvimento de novos projetos competitivos e diversificados para atender ao crescimento e à demanda de energia no país”.
A AES Tietê informou que recebeu na noite de ontem a proposta da Eneva para combinação de negócios e que analisará o conteúdo de forma detalhada.
A proposta está sujeita à aprovação pelos acionistas da própria companhia e da AES Tietê, além do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).