São Paulo – O número de casos confirmados do novo coronavírus na Itália aumentou de 5.061 no sábado para 6.387 no domingo e o governo do país anunciou medidas para restringir a movimentação de pessoas para tentar conter a disseminação da doença.
O governo italiano afirma que 622 pacientes que estavam contaminados pelo coronavírus se recuperaram, mas aponta que outros 366 morreram em decorrência da doença e que o número de óbitos pode aumentar caso seja confirmado que em outros casos em análise o óbito tenha sido provocado pelo coronavírus.
Ontem, o governo da Itália anunciou medidas para restringir a movimentação de pessoas no país e evitar uma disseminação mais intensa da doença. A ministra do Interior, Luciana Lamorgese, publicou uma diretiva para que os governos locais instalem “áreas de contenção reforçadas”.
Nestas regiões, só será permitido o trânsito de pessoas que precisarem fazer o deslocamento para trabalhar, em situações de necessidade ou por motivo de saúde. Os italianos terão que declarar o motivo de estarem nas ruas ou preencher formulários da polícia para poder trafegar.
“Haverá proibição absoluta, que não permitirá exceções, para pessoas sujeitas a medidas de quarentena ou que tenham sido diagnosticadas com o vírus”, afirmou a ministra na diretiva.
O governo italiano anunciou que instalará bloqueios nas rodovias, ferrovias e aeroportos para checar se as pessoas estão respeitando os limites de movimentação, e em alguns locais as pessoas serão submetidas a monitores de temperatura. Em Veneza, os passageiros de navios de cruzeiro não poderão desembarcar na cidade.
A pena para quem descumprir as regras de restrição de movimento será uma multa de até 206 euros ou até três meses de prisão, mas pode ser maior caso as autoridades determinem que houve violação mais ampla da lei em relação a condutas perigosas contra a saúde pública.