Primeiro-ministro Boris Johnson decreta quarentena no Reino Unido

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São Paulo – O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, decretou quarentena no país, anunciando o fechamento de lojas não essenciais e o cancelamento de eventos sociais, além da proibição de reuniões de duas ou mais pessoas, para conter a disseminação do novo coronavírus.

“O coronavírus é a maior ameaça que este país enfrenta há décadas – e este país não está sozinho”, disse Johnson, em coletiva de imprensa ontem à noite. “Sem um grande esforço nacional para interromper o crescimento desse vírus, chegará um momento em que nenhum serviço de saúde no mundo poderá lidar”, disse. “Portanto, é vital retardar a propagação da doença”, disse o premiê.

“Devo dar ao povo britânico uma instrução muito simples – você deve ficar em casa”. Assim, as pessoas só poderão sair para comprar para necessidades básicas, para atendimento médico, para um exercício físico por dia e para trabalhar, se absolutamente necessário.

Johnson disse ainda que ficarão fechadas todas as lojas que vendem bens não essenciais, incluindo bibliotecas, playgrounds, academias e locais de culto. “Vamos interromper todas as reuniões de mais de duas pessoas em público – excluindo as pessoas com quem você mora”, afirmou. Também serão interrompidos eventos sociais, excluindo funerais. A polícia vai garantir o cumprimento da quarentena.

“Nenhum primeiro ministro quer adotar medidas como essa”, disse. “E posso garantir que manteremos essas restrições sob constante revisão. Vamos olhar novamente em três semanas e relaxá-los se a evidência mostrar que somos capazes”. O Reino Unido possui 6.733 casos de Covid-19, e 3335 mortes, de acordo com dados compilados pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.