São Paulo – O lucro líquido da Gerdau caiu 51,3% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 221 milhões, pressionado por um declínio de 8,0% na receita líquida, a R$ 9,228 bilhões, e por um aumento de 2,5% nas despesas, a R$ 370 milhões.
A queda no faturamento foi resultado direto da diminuição de 9,8% nas vendas de aço bruto no primeiro trimestre, para 2,692 milhões de toneladas. A empresa também diminuiu a produção da commodity no período, em 4,8%, para 3,188 milhões de toneladas.
No Brasil, a produção de aço bruto caiu 12,7%, para 1,239 milhão de toneladas, enquanto as vendas diminuíram 17,7%, para 1,117 milhão de toneladas – sendo 940 mi toneladas no mercado interno (+0,1%) e 178 mil toneladas (-57,4%) para exportações.
As vendas de aços longos na operação do Brasil diminuíram em 26,9%, para 761 mil toneladas, e as de aços planos aumentaram em 12,7%, a 356 mil toneladas.
O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Gerdau teve crescimento de 31,1%, a R$ 1,030 bilhão, enquanto o ebitda ajustado, que exclui itens não recorrentes, diminuiu 24,5%, a R$ 1,177 bilhão.
Ao final do primeiro trimestre, a dívida líquida da empresa era de R$ 14,051 bilhões, alta de 44% em relação ao final do ano passado e de 12,8% ante o primeiro trimestre de 2019. Com isso, a dívida líquida passou a ser equivalente a 2,55 vezes o ebitda, ante índices menores que dois nos trimestres anteriores. A Gerdau atribuiu essa variação à desvalorização do real, visto que mais de 80% da dívida da companhia é denominada em dólares.
A Gerdau encerrou o primeiro trimestre com um fluxo de caixa livre negativo em R$ 441 milhões, ante um fluxo negativo de R$ 166 milhões no mesmo período de 2019 e um fluxo positivo de R$ 2,327 bilhões no quarto trimestre de 2019.