MERCADO AGORA: Veja um resumo dos negócios até o momento

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São Paulo – O Ibovespa opera estável, após passar a manhã em alta refletindo a valorização de Bolsas no exterior em meio a notícias de reabertura de economias e de uma nova possível vacina contra o novo coronavírus, que está sendo estudada pela empresa Novavax. No entanto, o índice já reduziu levemente os ganhos em relação à abertura, quando chegou a superar os 87 mil pontos, com as perdas de ações do setor bancário.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava estabilidade, aos 85.656,39 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 16,4 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em junho de 2020 apresentava recuo de 0,38%, aos 85.730 pontos.

“O desempenho do mercado acionário é positivo, com notícias de que empresas estão empenhadas em descobrir um remédio/vacina para anular o covid-19 em diferentes países, junto com a retomada de atividades em países na Europa”, disse o analista da Mirae Asset Corretora, Pedro Galdi, destacando que a recuperação nesta manhã de terça-feira se sobrepõe inclusive a continuidade das ameaças entre Estados Unidos e China.

A Novavax anunciou que espera resultados iniciais sobre segurança e resposta imunológica de sua nova vacina de combate ao covid-19 em julho. O anúncio ocorre pouco depois do recente relatório da Moderna sobre um resultado positivo em seu teste de vacina, onde todos os 45 participantes desenvolveram anticorpos contra o coronavírus. A notícia da vacina ainda fez as Bolsas norte-americanas a abrirem em alta na volta do feriado.

Porém, apesar do otimismo no exterior, as ações de bancos, que têm grande peso no índice, estão em queda, com investidores realizando parte dos lucros depois das fortes altas de ontem. Também seguem no radar possíveis projetos de lei que podem ser votados e atingir o setor, como o que prevê nova limitação dos juros de cartão de crédito.

A cena política local também segue sendo observada pelo mercado. Embora siga a sensação de alívio depois que o vídeo da reunião ministerial não foi “bombástico” como se esperava, os seus desdobramentos devem continuar a ser monitorados. Hoje, o dia ainda foi de operação da Polícia Federal (PF) na casa do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. A operação apura indícios de desvios de recursos destinados ao combate da pandemia, como na construção de hospitais de campanha.

Desde a abertura dos negócios, o dólar comercial tem queda firme frente ao real, renovando mínimas sucessivas a R$ 5,35 – menor valor desde 29 de abril – em meio ao forte apetite por ativos de risco que prevalece no exterior com investidores atentos à reabertura de economias na Europa, nos Estados Unidos e ao desenvolvimento de pesquisas de vacinas contra o novo coronavírus.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava queda de 1,39%, sendo negociado a R$ 5,3810 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em junho de 2020 apresentava recuo de 1,12%, cotado a R$ 5,384.

“Isso está levando investidores estrangeiros a renovarem as esperanças, refletindo em desvalorização do dólar frente aos pares e às moedas de países emergentes e ligadas às commodities”, comenta o diretor da mesa de câmbio de uma corretora nacional.

Sobre o desenvolvimento de vacinas, a empresa Novavax Inc. disse que iniciou o primeiro estudo em humanos de uma vacina experimental contra o vírus. Esta é uma das, pelo menos, dez doses que atualmente estão sendo testadas em pessoas no mundo.

Para o analista da corretora Mirae Asset, Pedro Galdi, essas notícias de empresas empenhadas em descobrir remédio ou vacina “para anular” a covid-19 em diferentes países, junto com a retomada de atividades em países na Europa, resultam no bom humor observado hoje. “O viés de recuperação se sobrepõe a continuidade das ameaças entre Estados Unidos e China, agora não só na questão comercial”, avalia.

As taxas dos contratos de juros futuros (DIs) seguem em queda. Os investidores aproveitam a deflação maior que a esperada apontada pela prévia deste mês do índice oficial de preços ao consumidor (IPCA-15) e também o recuo acelerado do dólar, que já está na faixa de R$ 5,35, para calibrar as apostas sobre o rumo da Selic.

Às 13h30, o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 2,39%, de 2,385% no ajuste de ontem; o DI para janeiro de 2022 estava em 3,23%, de 3,20% após o ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 4,31%, de 4,31%; e o DI para janeiro de 2025 tinha taxa de 6,04%, de 6,10%, na mesma comparação.