São Paulo – A China deve alcançar crescimento positivo do Produto Interno Bruto (PIB) este ano, e novas medidas de estímulos podem ser adotadas, se necessário, para combater os impactos da pandemia do novo coronavírus, disse o primeiro-ministro do país, Li Keqiang, em coletiva de imprensa no encerramento da sessão da Assembleia Popular Nacional chinesa.
“Vamos fazer o possível para manter o crescimento da economia da China estável e ao mesmo tempo garantir que todas as medidas adotadas sejam calibradas”, disse Li. Segundo ele, o país tem espaço fiscal, financeiro e de seguridade social, entre outras frentes, e está em posição forte para introduzir rapidamente outras medidas sem hesitação se a situação exigir.
“É essencial manter o desenvolvimento econômico da China em um caminho estável”, afirmou ele, acrescentando que manter os fundamentos econômicos do país estáveis será uma contribuição ao mundo, e que a China vai permanecer uma força positiva conduzindo a recuperação econômica e o crescimento globais.
“A China vai adotar medidas focadas ao invés de estímulos massivos para impulsionar o crescimento econômico”, disse Li. O premiê destacou os esforços do governo para manter segurança de empregos no país, atender as necessidades básicas das pessoas e manter em funcionamento as operações de entidades financeiras.
“O emprego importa muito na vida das pessoas e a China vai aumentar esforços para estabilizar o emprego este ano”, afirmou. Além disso, “a China vai ampliar a cooperação com o restante do mundo e introduzir mais medidas para expandir a abertura” econômica. Ele destacou ainda a importância da cooperação internacional no combate à covid-19.
Na sexta-feira passada, a China rompeu com uma tradição de mais de 25 anos ao deixar de definir uma meta de crescimento econômica para 2020. A China registrou um avanço de 6,1% no PIB no ano passado, a menor taxa em quase três décadas, embora dentro da meta de entre 6% e 6,5%.