São Paulo – O presidente Jair Bolsonaro reiterou que o governo pretende ampliar o número de parcelas do auxílio emergencial e que estas novas parcelas devem ter valores menores que as três originais, de R$ 600 cada – ou R$ 1.200, em alguns casos específicos.
“Já anunciei que vai ter a quarta e a quinta parcela do auxílio emergencial. Vai ser menor que R$ 600, para ir exatamente partindo para o fim. Cada vez que pagamos auxílio emergencial dá quase R$ 40 bilhões. É mais do que os 13 meses do Bolsa Família. O Estado não aguenta isso aí. O contribuinte não aguenta isso aí”, afirmou ontem, durante uma transmissão em suas redes sociais.
Na semana passada, Bolsonaro já havia dito que o governo federal estuda introduzir mais duas parcelas do auxílio emergencial, mas que estas novas parcelas teriam valor menor que as parcelas atuais. O secretário da Fazenda, Waldery Rodrigues, confirmou a informação horas depois.
“O auxílio emergencial será prolongado? Muito provavelmente sim, mas com outro perfil, com outro formato. É um programa valiosíssimo, de alta efetividade, mas também é um programa caro, é um valor muito alto, não cabe extensão muito prolongada nas nossas contas”, disse ele.
Rodrigues sugeriu que os estudos em andamento preveem a extensão do benefício a um valor de R$ 200 por mês, afirmando que a esse valor o programa custaria cerca de R$ 17 bilhões mensais, ante os R$ 51,5 bilhões que são gastos atualmente. “Este é um item que está no nosso radar para olhar com bastante atenção.”
Ontem, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), cobrou publicamente o governo para que o plano seja formalizado e apresentado aos congressistas, e antes disso havia defendido mais parcelas do auxílio emergencial, com diminuição gradual no valor do auxílio.