MERCADO AGORA: Veja um resumo dos negócios até o momento

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São Paulo – Após cair mais de 3% no final da manhã influenciado pela baixa no preço do petróleo, o Ibovespa reduziu perdas acompanhando a recuperação de Bolsas no exterior, no entanto, segue descontando o dia sangrento para os mercados ontem, quando a B3 ficou fechada em função de feriado. O motivo da aversão ao risco na quinta-feira foi o temor de uma segunda onda da pandemia do novo coronavírus, após o aumento de casos em estados norte-americanos que retomaram atividades.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília) o Ibovespa registrava queda de 2,78%, aos 92.048,61 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 18,1 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em junho de 2020 apresentava retração de 2,42%, aos 92.040 pontos.

“Não temos muitas notícias hoje e os mercados já estão se recuperando um pouco das fortes quedas de ontem. O motivo da queda foi o aumento de casos em estados como Texas, Califórnia e Arizona, há receio de uma segunda onda e não sabemos como isso impactaria o dia a dia das pessoas e os mercados”, disse o sócio da Criteria Investimentos, Vitor Miziara.

Na quinta-feira, os mercados de ações dos Estados Unidos tiveram o pior dia desde março, depois de uma sequência de alta que havia se sustentado principalmente na perspectiva de que a retomada econômica poderia acontecer antes do previsto.

O dólar voltou a acelerar alta e chegou a subir mais de 3% refletindo uma piora dos mercados iniciada pela maior queda dos preços do petróleo, que mostram volatilidade em meio ao receio de uma segunda onda da pandemia do novo coronavírus.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava alta de 2,24%, sendo negociado a R$ 5,0460 para venda. No mercado futuro, contrato da moeda norte-americana com vencimento em julho de 2020 apresentava valorização de 1,27%, cotado a R$ 5,043.

De acordo com o operador de uma corretora local, apesar dos ativos no exterior ainda tentarem uma recuperação depois do dia de forte aversão ao risco ontem, houve “uma piora geral lá fora puxada pelo petróleo”.

As taxas dos contratos de juros futuros (DIs) sustentam o viés negativo exibido ainda nos primeiros minutos de negócios e são negociadas na contramão do ajuste nos demais mercados domésticos às fortes perdas em Wall Street ontem, feriado no Brasil. O movimento praticamente lateral da curva a termo local reflete as incertezas em relação à recuperação econômica pós-pandemia, o que sustenta a perspectiva de juros baixos por um período prolongado, inibindo uma recolocação de prêmios.

Às 13h30, o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 2,155%, de 2,175% após o ajuste anterior, na quarta-feira; o DI para janeiro de 2022 estava em 3,06%, de 3,08% no último ajuste; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 4,11%, de 4,12% do ajuste anterior; e o DI para janeiro de 2025 tinha taxa de 5,65%, de 5,66%, na mesma comparação.