Trump dá primeiro passo contra violência policial e assina decreto

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São Paulo – O presidente norte-americano, Donald Trump, dá hoje seus primeiros passos concretos para enfrentar o clamor popular contra a brutalidade policial ao assinar um decreto que reforma a polícia.

Na prática, a medida cria um banco de dados federal de policiais com histórico de uso excessivo da força, além de estabelecer incentivos financeiros para os departamentos de polícia estabelecerem programas de credenciamento e seguirem as melhores práticas.

“A ideia desse decreto é aproximar a polícia das comunidades e garantir a segurança”, disse Trump durante pronunciamento nos jardins da Casa Branca. “Precisamos acabar com velhos padrões que fracassaram no passado”, acrescentou.

Depois de adotar uma postura rígida de lei e ordem em meio a uma onda de protestos após a morte de George Floyd, um homem negro desarmado que morreu depois que um policial branco se ajoelhou em seu pescoço em Minneapolis, Trump foi incentivado por conselheiros a abordar questões de força policial excessiva.

O decreto assinado por Trump, no entanto, é considerado modesto, já que ele acredita que os policiais estão entre seus mais fortes apoiadores. O presidente norte-americano tentará a reeleição em 3 novembro. Até o momento, as principais pesquisas de opinião o trazem atrás de seu possível rival, o democrata e ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

Além de financiamento de compartilhamento de informações, o decreto também prioriza o treinamento e outros programas para policiais e assistentes sociais que respondem a incidentes envolvendo doentes mentais, viciados e sem-teto.

Paralelamente ao decreto, o governo norte-americano quer que o Congresso aprove uma legislação sobre reforma da polícia. Democratas e republicanos estão trabalhando para adiantar dois projetos de lei concorrentes, com a legislação democrata indo além em vários aspectos ao proibir os estrangulamentos e os mandados de segurança.

Por sua vez, membros da Casa Branca estão trabalhando em coordenação com o senador da Carolina do Sul, Tim Scott, o único senador republicano negro que lidera o esforço legislativo do partido de Trump.