São Paulo – O Ibovespa desacelerou ganhos após chegar a subir mais de 2% puxado pelas ações das Petrobras, que intensificaram a alta em meio à valorização dos preços do petróleo. Os papéis da Vale e de siderúrgicas são outros que têm altas expressivas e ajudam o índice a manter a alta.
Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava alta de 1,49%, aos 96.763,87 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 12,6 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em agosto de 2020 apresentava avanço de 1,18%, aos 96.940 pontos.
O Ibovespa também segue acompanhando o bom humor no exterior depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o acordo comercial com a China está intacto.
Trump afirmou, por meio de um tuíte, que o acordo sino-americano segue inalterado, o que foi suficiente para acalmar mercados e trazer otimismo depois de um suposto mal entendido causado pela entrevista do conselheiro da Casa Branca, Peter Navarro, ao canal “Fox News”. Na entrevista, Navarro disse que a demora da China para avisar sobre a eclosão de novos casos de coronavírus levaram ao encerramento dos canais políticos e econômicos entre os dois países.
“Trump mostrou que não quer problemas com a China, mas que a guerra comercial ainda pode ser um fator de preocupação para o mercado”, avaliou o estrategista da Genial Investimentos, Filipe Villegas, em vídeo a clientes.
Ainda nos Estados Unidos, foram divulgados PMIs do setor de serviços e da indústria, que subiram em junho, mas menos do que o esperado por analistas, o que fez as Bolsas norte-americanas reduzirem ganhos. Já as vendas de imóveis residenciais novos no país avançaram mais do que o previsto em maio ante abril. Na Europa, por sua vez, os PMIs vieram mais fortes.
O dólar comercial acelerou as perdas frente ao real e opera abaixo de R$ 5,20 em dia mais positivo no exterior em meio aos indicadores da Europa e dos Estados Unidos sinalizando o início da recuperação econômica em junho e após o presidente norte-americano, Donald Trump, confirmar que o acordo comercial com a China segue “intacto” após ruídos.
Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava queda de 2,27%, sendo negociado a R$ 5,1480 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em julho de 2020 apresentava recuo de 1,99%, cotado a R$ 5,149.
“Tivemos dados melhores na zona do euro sugerindo que a reabertura da economia na Europa reflete positivamente. Sem contar que, lá, ainda não há sinais de uma segunda onda de contaminação pelo novo coronavírus”, comenta a economista-chefe do Banco Ourinvest, Fernanda Consorte.
Na zona do euro, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da atividade industrial subiu para 46,9 pontos, enquanto o de serviços avançou para 47,3 pontos, ambos no maior nível em quatro meses. No Reino Unido, os PMIs subiram a 50,1 pontos e a 47,0 pontos, respectivamente.
Os mesmos indicadores nos Estados Unidos também registraram alta, com o PMI da indústria subindo para 49,6 pontos e o de serviços para 46,7 pontos, ambos também no maior nível em quatro meses. “Os resultados nos Estados Unidos vieram um pouco melhores, ajudando nesse ambiente positivo lá fora”, acrescenta a economista.
Ela destaca, porém, que as declarações do presidente Trump confirmando que o acordo comercial firmado com a Chin segue “intacto” após ruídos provocados por uma entrevista do assessor da Casa Branca, Peter Navarro, no qual sugeriu que o tratado estava acabado. “É o grande driver do dia”, diz Consorte.
As taxas dos contratos de juros futuros (DIs) seguem sem um rumo definido, com os vértices mais curtos oscilando ao redor dos níveis dos ajustes ontem, em reação ao tom mais duro (“hawkish”) contido na ata da reunião da semana passada do Comitê de Política Monetária (Copom), ao passo que os vencimentos mais longos devolvem prêmios embutidos ontem, na esteira da queda do dólar para abaixo de R$ 5,20.
Às 13h30, o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 2,04%, de 2,035% após o ajuste de ontem; o DI para janeiro de 2022 estava em 3,00%, de 3,03% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 4,10%, de 4,18%; e o DI para janeiro de 2025 tinha taxa de 5,81%, de 5,91%, na mesma comparação.