São Paulo – O governo da China se opôs às sanções impostas pelos Estados Unidos ao país asiático devido à implementação da lei de segurança nacional em Hong Kong, e reiterou que a questão é interna chinesa e outras nações devem interferir.
“A questão da legislação de segurança nacional de Hong Kong é puramente assunto interno da China e nenhum país estrangeiro tem o direito de interferir. Os Estados Unidos adotaram unilateralmente as chamadas sanções contra Hong Kong, e a China se opõe firmemente a isso”, disse o porta-voz do Ministério do comércio chinês, Gao Feng.
“Implementaremos de forma inabalável a política de ‘um país, dois sistemas’, e vamos nos opor firmemente a quaisquer forças externas que interfiram nos assuntos de Hong Kong”, acrescentou o porta-voz, em coletiva regular de imprensa.
A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou ontem um projeto de lei que visa a penalizar bancos que negociam com autoridades chinesas que implementam a nova lei de segurança nacional na ex-colônia britânica. O projeto ainda precisa ser aprovado no Senado.
Além disso, Washington começou no início desta semana a revogar o status especial de Hong Kong, interrompendo exportações de defesa e restringindo o acesso da cidade a produtos de alta tecnologia, acusando Pequim de retirar liberdades do território.
A lei de segurança nacional entrou em vigor na terça-feira, e impõe até penas de prisão perpétua por alguns crimes, incluindo subversão do poder do Estado, conluio com forças estrangeiras e atividades secessionistas. A lei também concede a Pequim amplos novos poderes para intervir em Hong Kong.