MERCADO AGORA: Veja um sumário dos negócios até o momento

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São Paulo – O Ibovespa aprofundou perdas puxado pela realização de lucros de ações de bancos e pela confirmação de que o presidente Jair Bolsonaro está com coronavírus. Mais cedo, o índice já caía acompanhando Bolsas no exterior após indicadores mais fracos do que o esperado pelo mercado.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava queda de 1,53%, aos 97.416,71 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 13,7 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em agosto de 2020 apresentava recuo de 1,76%, aos 97.545 pontos.

“A confirmação de que o presidente está com covid-19 ampliou um pouco a volatilidade da Bolsa e do dólar. A Bolsa já vinha em queda, mostrando uma realização de lucros depois de bater a máxima em quatro meses ontem, então investidores aproveitam para embolsar lucros”, disse o diretor de operações da Mirae Asset Corretora, Pablo Spyer.

Ontem, Bolsonaro já havia relatado sintomas da doença e feito o primeiro teste, sendo que a contraprova hoje comfirmou a infecção. Ministros que se reuniram com o presidente também devem fazer testes.

Além da saúde do presidente, as ações de bancos aprofundaram perdas mostrando uma realização de lucros mais forte após falas do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. Segundo o analista da Guide Investimentos, Henrique Esteter, Maia comentou que projetos que propõe a redução dos juros de cartão de crédito e do cheque especial ainda serão discutidos e que “taxas têm que acabar”.

O dólar comercial virou novamente e voltou a operar em alta na sessão de hoje, após o presidente da república, Jair Bolsonaro, confirma que seu exame para detectar a covid-19 deu positivo. O presidente não se sentiu bem ontem e realizou o teste, com o resultado sendo divulgado na manhã de hoje.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava alta de 0,24%, sendo negociado a R$ 5,3650 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em agosto de 2020 apresentava avanço de 0,13%, cotado a R$ 5,372.

“A volatilidade tem sido a marca do dólar e tanto o mercado quanto o Banco Central não têm conseguido identificar as causas dessas oscilações”, comenta o diretor da Correparti, Ricardo Gomes.

Ele acrescenta que um movimento de fluxo local levou a moeda a cair 1% em meio às notícias de captações de recursos estrangeiros por empresas. “O dólar não só devolve os ganhos de ontem, como o mercado vê que deve entrar um fluxo forte de dólar no país por meio de captações, embasando o viés de queda da moeda”, diz.