MERCADO AGORA: Veja um sumário dos negócios até o momento

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São paulo – Após abrir em alta e ultrapassar os 100 mil pontos, o que não ocorria há mais de quatro meses, o Ibovespa voltou a cair e mostra volatilidade, acompanhando Wall Street. Os dados de seguro-desemprego nos Estados Unidos vieram levemente melhores do que o esperado pelo mercado, por outro lado, os casos de coronavírus seguem aumentando em alguns estados norte-americanos e trazem preocupação.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava queda de 0,50%, aos 99.267,37 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 12,5 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em agosto de 2020 apresentava recuava de 0,68%, aos 99.455 pontos.

Para o sócio da Criteria Investimentos, apesar dos dados melhores, como os pedidos de seguro-desemprego, ainda há dúvidas sobre a sustentabilidade da recuperação da atividade, já que muitos indicadores podem ter sido inflados pelos auxílios dados à população pelo governo dos Estados Unidos. Além disso, ele afirma que o avanço da pandemia no país segue trazendo alguma cautela.

“Ontem, os novos casos continuaram aumentando e o índice de hospitalização começou a subir”, disse. Os Estados Unidos alcançaram 3,1 milhões de casos de coronavírus, com mais de 134 mil mortos. Entre os estados com maior avanços nos últimos dias estão Flórida, Texas, Califórnia e Arizona.

No Brasil, não há indicadores relevantes e grandes novidades, mas os dados de vendas no varejo divulgados ontem podem manter certo otimismo sobre a recuperação da economia doméstica, já que vieram mais fortes do que o esperado.

Entre as ações, as maiores quedas são da Braskem, do IRB Brasil e da CCR. A S&P Global Ratings rebaixou o rating da Braskem de ‘BBB-‘ para ‘BB+’, com perspectiva estável. Além disso, a companhia estimou um montante de R$ 850 milhões para apoiar moradores em áreas de Alagoas, após danos causados pela empresa região. O IRB Brasil, por sua vez, anunciou um aumento de capital de até R$ 2,3 bilhões, com participação dos acionistas Bradesco e Itaú Unibanco.

O dólar comercial reduziu as perdas frente ao real e volta a operar acima de R$ 5,30 após chegar à mínima de R$ 5,25 – menor valor em duas semanas – acompanhando o exterior onde a moeda norte-americana passou a ganhar terreno ante as principais divisas pares e de países emergentes.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava queda de 0,46%, sendo negociado a R$ 5,3260 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em agosto de 2020 apresentava recuo de 0,14%, cotado a R$ 5,333.

“É o exterior fazendo preço. Mais cedo, o dólar estava mais fraco e agora passa a ganhar força lá fora, o que levou o peso mexicano a virar e cair. O real acompanhou esse movimento”, comenta o diretor superintendente de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik.

Ele acrescenta que o sentimento de cautela volta a ganhar força no exterior em meio ao número crescente de casos do novo coronavírus nos Estados Unidos. Há pouco, o estado da Flórida confirmou que houve aumentou em 8.948 nas últimas 24 horas, depois da alta de 10.004 casos reportada ontem. O estado norte-americano tem 232.718 casos confirmados. Já o número de mortes passa de 4 mil. A porcentagem de testes que deram positivo entre os novos exames realizados nas últimas 24 horas foi de 18,39%, o maior número já registrado no estado.

Rugik avalia que no mercado doméstico, a moeda “furou” um piso importante de R$ 5,28. “Nesse nível, houve um desmonte de posições defensivas, o que levou a moeda a R$ 5,25. Mas o exterior impediu uma queda mais forte. Mas a volatilidade segue na sessão”, diz.

As taxas dos contratos de juros futuros (DI) operam próximos da estabilidade, com ligeiro viés de alta na contramão do recuo da moeda norte-americana, que é negociada abaixo de R$ 5,30. Declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, estão mexendo com os mercados.

Às 12h (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 2,12%, de 2,125% após o ajuste de ontem; o DI para janeiro de 2022 estava em 3,11%, de 3,08% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 4,18%, de 4,17% no ajuste de ontem; o DI para janeiro de 2025 tinha taxa de 5,65%, de 5,67% na mesma comparação.