Gol prevê desembolso de R$ 4 mi por dia até dez

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São Paulo – A Gol afirmou que desde sua última atualização no dia 9 de junho, referente a liquidez, consumo de caixa e capacidade, manteve sua posição de liquidez em mais de 12 meses em reservas de caixa, como um mínimo, totalizando R$ 3,3 bilhões em liquidez total, 9% menor que o visto em maio.

No mês passado, a companhia aérea possuía R$ 2,5 bilhões em depósitos, enquanto R$ 1,7 bilhão em ativos não onerados e a dívida líquida por ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em 4,1 vezes. A Gol amortizou R$ 656 milhões de dívida no segundo trimestre.

Em junho, a companhia utilizou aproximadamente US$ 25 milhões para liquidações de operações de hedge de combustível. Contemplando os valores financiáveis de depósitos e ativos não onerados, as fontes de liquidez totalizam aproximadamente R$ 7 bilhões.

Além disso, a empresa possuía aproximadamente US$ 55 milhões investidos em um portfólio de 17 milhões de barris de petróleo para o período de julho de 2020 a dezembro de 2022. Em relação ao custo caixa operacional bruto, a empresa conseguiu reduzir para R$ 9 milhões por dia em junho, excluindo receitas, reembolsos e pagamento de dívidas não relacionadas a aeronaves.

Com o incremento para aproximadamente 250 voos por dia, as operações de julho devem alcançar cerca de 25% do realizado no mesmo mês do ano passado. A Gol terá 36 aeronaves operacionais na malha, e planeja a reabertura de 14 bases, incluindo seis destinos regionais atendidos pelo seu parceiro Voepass.

A Gol informou ainda que teve um consumo líquido de caixa de R$ 2 milhões por dia em junho, o que inclui vendas e recebíveis de aproximadamente R$ 10 milhões por dia, marcado pelo crescimento de 60% nos indicadores de busca por passagens aéreas. Como reflexo, a empresa registrou um aumento nas vendas de bilhetes de 108%.

Para o restante de 2020 (julho-dezembro), considerando as receitas do cenário acima mencionado, sem reembolsos de TAE, os resultados das negociações com colaboradores, lessores e fornecedores, e com o pagamento integral de despesas financeiras, a companhia prevê um consumo líquido de caixa de R$ 4 milhões por dia. Contemplando o pagamento integral de dívidas não relacionadas a aeronaves, o consumo líquido será de R$ 10 milhões por dia.

No segundo trimestre do ano, a Gol estima prejuízo por ação de R$ 3,20, o que sinaliza um prejuízo menor que o trimestre anterior.

Em relação a margem ebitda, excluindo despesas não operacionais e não recorrentes, a estimativa da empresa é de 23% a 25% no período, uma redução em relação a base anual de comparação.

A receita unitária de passageiro (prask) para o período tende a ser menor em aproximadamente 5% comparada ao mesmo período do ano passado, enquanto a receita unitária (rask) 30% na mesma base de comparação, principalmente devido ao aumento da participação de receitas de carga.

No período, os custos unitários ex-combustíveis, excluindo despesas não operacionais e não recorrentes, deverão aumentar aproximadamente 85% na base anual, principalmente devido à redução de 92% no número de oferta e a desvalorização de 37% do real ante dólar.

Os custos unitários com combustíveis, por sua vez, deverão reduzir aproximadamente 30% na comparação trimestral, impactados positivamente pela redução do preço médio do querosene de aviação em 38%.