São Paulo – O plano de recuperação da União Europeia (UE) da crise provocada pelo novo coronavírus é um projeto ambicioso, ainda que o balanço entre subsídios e empréstimos pudesse ser melhor, de acordo com a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde.
“Ainda temos mais subsídios do que empréstimos. É um bom balanço. Poderia ser melhor, mas é um projeto ambicioso”, disse Lagarde, em entrevista por videoconferência ao “The Washington Post”.
O plano de recuperação de 750 bilhões de euros da UE, aprovado ontem pelos chefes de Estado e de governo do bloco, prevê 390 bilhões de euros em subsídios e 360 bilhões em empréstimos para os países mais afetados pela pandemia. Os líderes também aprovaram um orçamento de 1,074 trilhão de euros para os próximos sete anos.
Lagarde disse que o plano de recuperação aprovado é importante porque pela primeira vez os 27 países da UE decidiram pegar emprestado em conjunto, e em montantes desta magnitude. “É um ato decisivo de solidariedade”, afirmou. “É uma determinação de mover juntos para frente”.
A presidente do BCE destacou ainda a importância da “alocação certa” de recursos aos países que mais necessitam, como Itália, Espanha, Grécia, Portugal e Polônia. “Muitos países se beneficiarão”, concluiu.