MERCADO AGORA: Veja um sumário dos negócios até o momento

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São Paulo – Após oscilar entre leves altas e quedas pela manhã, o Ibovespa passou a cair mais acompanhando as perdas das Bolsas norte-americanas, refletindo pedidos de seguro-desemprego piores do que o esperado pelo mercado e de olho em negociações sobre novo pacote de estímulos no país. No entanto, o índice segue mostrando volatilidade e as ações de frigoríficos, como as da JBS, impedem maiores perdas.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava queda de 0,55%, aos 103.816,58 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 13,0 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em agosto de 2020 apresentava queda de 0,55%, aos 103.895 pontos.

“Os mercados abriram positivos, mas saíram dados americanos e as Bolsas dos Estados Unidos viraram, pressionando o Ibovespa. Mas aqui o setor de carnes sobe e ajuda, há expectativas positivas sobre os balanços do setor”, disse o operador de renda variável da Commcor Corretora, Ari Santos. Os pedidos de seguro-desemprego norte-americanos subiram em 109 mil na última semana, para 1,416 milhão, acima dos 1,3 milhão de pedidos esperados por analistas.

Neste contexto, o fim do auxílio emergencial a trabalhadores no país termina este mês e republicanos e democratas estão discutindo um novo pacote de estímulo econômico, mas há dificuldades para se chegar a um consenso. O secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, ainda disse, há pouco, que o governo ainda pode oferecer nova rodada de ajuda depois que o atual pacote de estímulos – de cerca de US$ 1 trilhão – que está sendo negociado no Congresso for aprovado.

O dólar comercial tem alta firme frente ao real, renovando máximas sucessivas a R$ 5,20, em dia de correção da moeda estrangeira após fortes quedas por três dias seguidos – acumulando 5% de perdas – e com a divisa tentando recuperar terreno ante os pares. Os números acima do esperado dos pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos ajudam na alta do dólar.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava alta de 0,97%, sendo negociado a R$ 5,1650 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em agosto de 2020 apresentava avanço de 0,87%, cotado a R$ 5,166.

“É um movimento de recuperação após fortes quedas exibidas durante a semana. Lá fora, o dólar também busca recuperação ante as principais moedas pares e de países emergentes”, comenta o diretor superintendente de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik.

Ele acrescenta que os dados de seguro-desemprego nos Estados Unidos acima do esperado corroboram para a valorização da divisa norte-americana. Na semana encerrada em 18 de julho, o número de pedidos de seguro-desemprego subiu, somando 1,416 milhão, após ter alcançado 1,307 milhão de pedidos na semana anterior, segundo o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos. Os analistas previam 1,3 milhão de pedidos.

Para o consultor de câmbio da corretora Advanced, Alessandro Faganello, além da “pitada de correção”, os mercados operam entre a expectativa de novos estímulos por parte do Congresso norte-americano até a próxima semana, resultados acima do esperado na temporada de balanços corporativos e atentos à nova escalada nas tensões entre norte-americanos e chineses após o governo dos Estados Unidos ordenarem o fechamento do consulado do país asiático em Houston, no qual Pequim prometeu retaliações.

Após registrarem alta pela manhã seguindo o avanço do dólar com dados mais fracos sobre a economia dos Estados Unidos, as taxas dos contratos futuros de juros (DIs) passaram a operar mais perto da estabilidade, com ligeiro viés de queda. Essa volatilidade do mercado já era esperada pelos analistas.

Às 13h30 (horário de Brasília), o DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 2,025%, de 2,035% após o ajuste do último pregão; o DI para janeiro de 2022 estava em 2,96%, de 2,97% do ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 4,05%, de 4,07%; o DI para janeiro de 2025 tinha taxa de 5,55%, de 5,55% na mesma comparação.