Democratas chamam decreto de Trump de insconstitucional e ineficiente

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São Paulo — A presidente da Câmara norte-americana, Nancy Pelosi, chamou o decreto de extensão de auxílio assinado no sábado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de insconstitucional. Já o líder da minoria democrata no Senado, Chuck Schummer, comentou que o decreto não sanaria quase nenhuma necessidade do povo norte-americano.

“Meus conselheiros constitucionais me dizem que isso é absurdamente ilegal”, afirmou ela durante entrevista à rede de televisão “CNN”. “Claro, a legalidade disso leva tempo para descobrir. Mas, eu associo minhas observações ao que o senador do partido Republicano Ben Sasse diz, de que o decreto é um ‘desleixo inconstitucional’. No momento, queremos atender às necessidades do povo americano”.

Além disso, segundo ela, questões importantes ficaram de fora das contas do presidente ao assinar o decreto. “Ficou tudo de fora, a nossa assistência às escolas, alimentar os famintos, ajudar as pessoas que vão ser despejadas”, disse. “A questão do despejo foi completamente negligenciada pelo presidente, ele apenas fez um estudo rápido da situação ou deu uma olhada em um caso ou outro. Então, novamente, algo está errado”.

O decreto de Trump também afirma que 25% do auxílio deve ser financiado pelos estados. “Os governadores não possuem dinheiro para fazer isso. Além dos gastos a mais que surgiram devido ao coronavírus, eles também perderam grande parte da receita que tinham por causa do mesmo motivo”, afirmou ela.

Pelosi disse que os democratas querem voltar a neociar. “Temos que voltar, isso não é nem uma escolha, é uma obrigação, Por isso abrimos mão de um trilhão que estávamos pedindo, porque precisamos voltar para as conversas”.

O líder da minoria no Senado, Chuck Schummer, também criticou a ação de Trump, mas não revelou se acredita que ela seja insconstitucional ou não. “Isso é típico do presidente, realizar uma ação dessas para aparecer. Mas em breve, o povo norte-americano irá ver que esse decreto está longe de sanar qualquer problema atual”, afirmou em entrevista à rede de televisão “ABC”.