IGP-DI acelera alta e sobe 3,87% em agosto, diz FGV

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São Paulo, 8 de setembro de 2020 – O Indice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) acelerou ainda mais e subiu 3,87% em agosto, após avançar 2,34% em julho, segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado ficou acima da previsão de alta de 2,80%, conforme a mediana das estimativas coletadas pelo Termômetro CMA. Com isso, o indicador acumula altas de 11,13% no ano e de 15,23% em 12 meses, até o mês passado, resultado que também ficou acima da previsão, de +14,00%, ainda segundo o Termômetro CMA.

Entre os indicadores que compõem o IGP-DI, o Indice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) acelerou a alta de 3,14% em julho e subiu 5,44% em agosto; o Indice de Preços ao Consumidor (IPC) também ganhou força e subiu 0,53% no mês passado, de +0,49% no mês anterior, enquanto o Indice Nacional de Custo da Construção (INCC) foi na contramão e passou de +1,17% para +0,72%, no mesmo período.

No âmbito do IPA, o subíndice relativo aos bens finais desacelerou a alta de 0,52% em julho e subiu 1,93% em agosto, sendo que a maior influência veio do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de -13,78% para -1,75%. Já o subíndice de bens intermediários acelerou o ritmo de alta, passando de 2,27% no mês anterior para 3,39% no mês passado, enquanto o das matérias-primas brutas ganhou força e saltou 10,55%, de +6,53%, no mesmo período.

Nos itens de origem, ainda no âmbito do IPA, os produtos agropecuários aceleram a alta e passaram de +3,66% em julho para +7,39% em agosto, assim como os produtos industriais, que passaram de 2,95% para +4,71%, na mesma comparação.

No IPC, três das oito classes de despesa apresentaram acréscimo na taxas de variação de preços, com destaque para Alimentação (de 0,13% para 0,81%). Nessas classes de despesa, destaque para o comportamento do item hortaliças e legumes (de -11,90% para -5,30%).

Na construção civil, o índice relativo a materiais, equipamento e serviços acelerou o ritmo de alta e subiu 1,42% em agosto, de +0,93% em julho, enquanto o custo da mão de obra foi na contramão e desacelerou de 1,37% no mês anterior para +0,12% no mês passado.