São Paulo – O Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro no segundo trimestre caiu 11,8% na comparação com os três meses anteriores e 14,7% em relação ao segundo trimestre de 2019, segundo dados da leitura final publicada pela agência de estatísticas Eurostat.
A leitura anterior mostrava queda de 12,1% em base trimestral, e baixa de 15,0% em termos anuais. No primeiro trimestre, o PIB da zona do euro havia recuado 3,7% na comparação trimestral e 3,2% em base anual, em dados revisados.
Na União Europeia (UE), o PIB teve baixa de 11,4% no segundo trimestre em relação ao trimestre anterior (revisão de +0,3 ponto percentual) e baixa de 13,9% (revisão de +0,2 pp) em relação ao segundo trimestre de 2019. No primeiro trimestre, houve queda de 3,3% em base trimestral e de 2,7% em termos anuais, em dados revisados.
Esses foram de longe os declínios mais acentuados observados desde o início da série histórica, em 1995, diz a Eurostat, devido aos impactos da pandemia do novo coronavírus e das medidas para conter a propagação da doença.
Na comparação entre o segundo trimestre deste ano e os três meses anteriores, os gastos das famílias tiveram uma contribuição fortemente negativa para o crescimento do PIB na zona do euro e na UE, assim como a formação bruta de capital fixo.
Os gastos das famílias caíram 12,4% na zona do euro e 12,0% na UE, e a formação bruta de capital fixo recuou 17,0% na zona do euro e 15,4% na UE. As exportações, por sua vez, tiveram baixa de 18,8% tanto na eurozona quanto na UE, enquanto as importações caíram 18,0% na zona do euro e 17,8% na União Europeia.
Entre os Estados membros para os quais existem dados disponíveis para o segundo trimestre de 2020, a Espanha (-18,5%) registrou a maior queda no PIB em relação ao trimestre anterior, seguido por Croácia (-14,9%) e Hungria (-14,5%). A Finlândia (-4,5%) registrou a menor queda.