Por Cynara Escobar
São Paulo – Em agosto, a demanda doméstica por voos foi 2,6 milhões passageiros por quilômetros transportados (RPK) – número de passageiros pagantes multiplicados pela distância de cada voo, o que representa uma queda 67,5% em agosto na comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Apesar da queda anual, os indicadores do transporte aéreo no mês apontam que o setor segue em ritmo de crescimento, considerando os impactos causados pela pandemia do coronavírus. Na comparação com os meses anteriores, os dados do mês mostraram o terceiro aumento consecutivo – em junho e julho, o RPK ficou em 85,0% e 78,9%. Ainda assim, os principais indicadores foram 60% inferiores aos meses de 2019, disse a agência.
A oferta total somou 3,4 milhões de assentos-quilômetro oferecidos (ASK) – número de poltronas disponíveis multiplicado pela distância de cada voo – e também teve queda de 64,6% na mesma base de comparação. A taxa de ocupação caiu 8% em agosto, para 75,8%. De novo, em junho e julho os índices de ASK foram de 83,6% e 76,3%, o que indica recuperação.
No mercado internacional, a demanda caiu 92,1% no mês passado quando comparado ao mesmo período de 2019, para 118,6 mil passageiros, enquanto a oferta retraiu 82,2% e somou 2,5 milhão de assentos. No período, a taxa de ocupação dos aviões ficou em 37,7%, recuo de 47,7 pontos percentuais.
Em agosto, a participação das companhias aéreas no mercado doméstico tinha como líder a Gol, com 35,5%, seguida pela Azul com 35,4% e a Latam, com 28,2%. No âmbito internacional, a Tap Portugal registrava participação de 18,3%, a Latam tinha 14,8% e a Lufthansa detinha 9,4%.