MERCADO AGORA: Veja um sumário dos negócios até o momento

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São Paulo – Após ensaiar uma recuperação no início do pregão, o Ibovespa passou a oscilar entre perdas e ganhos antes do discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, e de olho no aumento de casos de coronavírus principalmente na Europa, com o Reino Unido tomando mais medidas de isolamento social.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava queda de 0,13%, aos 96.855,43 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 10,5 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em outubro de 2020 apresentava recuo de 0,07%, aos 96.890 pontos.

“A preocupação de hoje é que o Reino Unido está colocando mais restrições sociais de novo e soltaram recomendação para que as pessoas fiquem em casa, façam home office. Mas não veremos ‘lockdowns’ iguais aos que vimos em março”, disse o sócio da Criteria Investimentos, Vitor Miziara. Além da recomendação para trabalhar em casa, foram anunciadas novas regras para pubs, bares e restaurantes.

A preocupação em torno da pandemia também é tema central de discursos na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), citada pelo presidente Jair Bolsonaro, pelo presidente norte-americano Donald Trump e pelo presidente chinês, Xi Jinping, há pouco.

Investidores ainda estão atentos às declarações do presidente do Fed, que dá depoimento em comissão da Câmara norte-americana, e pode fazer mais comentários sobre a recuperação da economia e estímulos. As Bolsas nos Estados Unidos também operam sem uma direção clara, embora a maioria esteja em alta no momento. Já as Bolsas europeias avançam buscando corrigir fortes perdas de ontem.

O dólar comercial exibe forte volatilidade frente ao real na primeira parte dos negócios e opera em alta, a R$ 5,43, acompanhando o exterior onde os ativos globais ensaiam uma recuperação ante a forte queda ontem, mas o receio dos investidores com a recuperação da economia global em meio ao avanço do novo coronavírus em vários países da Europa e nos Estados Unidos limita os ganhos.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava alta de 1,55%, sendo negociado a R$ 5,4830 na venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em outubro de 2020 apresentava avanço de 1,22%, cotado a R$ 5,482.

“A sessão está bem volátil, com as bolsas internacionais e moedas [principalmente de países emergentes] tentando se recuperar da queda de ontem, mas é limitada pelas preocupações com o avanço da covid-19 na Europa, principalmente”, comenta o diretor superintendente de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik.

Sobre a alta no número de contaminados pelo novo coronavírus na Europa, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou novas restrições para conter a propagação da covid-19 na Inglaterra, citando o avanço de hospitalizações pela doença, e reiterou não se tratar de um bloqueio total.

Em discurso hoje, ele declarou que o prospecto de “uma segunda onda é real” no Reino Unido, assim como na Espanha, França e em outros países e o número de contaminados pode dobrar entre sete e 20 dias, com milhares de novas infecções no próximo mês.

Daqui a pouco, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, discursará no Congresso dos Estados dos Unidos. “Ele deve confirmar o comprometimento do Fed em usar todas as ferramentas possíveis, enquanto aguarda pelo apoio fiscal por parte do governo norte-americano”, comenta o consultor de câmbio da corretora Advanced, Alessandro Faganello.

As taxas dos contratos de juros futuros (DIs) seguem em queda, reagindo à ata da reunião da semana passada do Comitê de Política Monetária (Copom). O movimento de retirada de prêmios vai na contramão do dólar, que volta a ser cotado acima de R$ 5,40, sob influência do exterior, onde as atenções estão voltadas para a participação do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, em audiência no Congresso dos Estados Unidos.

Às 13h30, o DI para janeiro de 2022 tinha taxa de 2,94%, de 3,00% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 4,38%, de 4,44% após o ajuste ontem; o DI para janeiro de 2025 estava em 6,32%, de 6,36%; e o DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 7,30%, de 7,34%, na mesma comparação.