IPCA-15 sobe 0,45% em setembro, maior taxa para o mês desde 2012

766

São Paulo – O Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) subiu 0,45% em setembro em relação a agosto, acelerando-se em relação à alta apurada no período anterior (+0,23%), segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa é a maior para o mês desde 2012 (+0,48%, à época). O resultado ficou acima das expectativas do mercado financeiro, de +0,38%, conforme o Termômetro CMA.

Com isso, o IPCA-15 acumula altas de 1,35% no ano e de 2,65% nos últimos 12 meses, até este mês. O resultado no período de 12 meses ficou levemente acima da mediana das estimativas, de +2,62%, ainda segundo o Termômetro CMA, e com isso, ficou acima do piso do intervalo de tolerância perseguido pelo Banco Central para este ano, de 2,50%, pela primeira vez após quatro meses seguidos de queda. 

Segundo o IBGE, seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram alta em setembro, sendo que o de Alimentação e bebidas (+1,48%) foi o responsável pelo maior impacto positivo no resultado geral do IPCA-15, contribuindo com 0,30 ponto percentual (pp), acelerando-se em relação ao resultado do mês anterior (+0,34%). Transportes (+0,83%) e Artigos de residência (+0,79%) também subiram, com impactos de +0,16 pp e +0,03 pp. No lado das quedas, o grupo Saúde e cuidados pessoais apresentou a maior variação negativa (-0,69%), com alívio de -0,09 pp no índice cheio. 

Nessas classes de despesa, destaque para a alta no item alimentos para consumo no domicílio acelerou de 0,61% em agosto para 1,96% neste mês, puxado pela alta das carnes (+3,24% e impacto de 0,09 pp), enquanto o tomate (+22,53%) teve a maior variação. O óleo de soja (20,33%), arroz (9,96%) e o leite longa vida (5,59%) também subiram. Com isso, os três subitens acumulam no ano altas de 34,94%, 28,05% e 27,33%, respectivamente. 

Em contrapartida, as maiores quedas foram observadas nos preços da cebola (-19,09%), do alho (-11,90%) e da batata-inglesa (-8,20%). Já em Transportes, a maior contribuição veio da gasolina (+3,19%), que subiu pelo terceiro mês seguido e contribuiu com impacto de 0,15 pp no IPCA-15 deste mês. 

Quanto aos índices regionais, todas as 11 regiões pesquisadas apresentaram variação positiva em setembro. O maior índice foi registrado em Goiânia (+1,10%), em meio à alta nos preços da gasolina e do arroz, enquanto o menor ficou com a região metropolitana de Salvador (+0,18%), em função da queda no preço da gasolina. Em São Paulo, o IPCA-15 passou de +0,25% no mês passado para +0,44% neste mês.