São Paulo – O candidato à vacina contra o novo coronavírus das empresas Pfizer e BioNTech funcionou melhor do que o esperado, e provou-se ser mais de 90% eficaz em prevenir a covid-19 em participantes sem evidências de infecções anteriores pelo vírus.
A expectativa é de que um pedido para autorização de uso de emergência seja feito à Food and Drug Administration (FDA, equivalente à Anvisa no Brasil) “logo após o marco de segurança exigido ser alcançado, o que está atualmente previsto para ocorrer na terceira semana de novembro”, segundo as empresas, em comunicado.
Os resultados são baseados no primeiro teste de eficácia conduzido em 8 de novembro por um Comitê de Monitoramento de Dados externo e independente do estudo clínico de fase 3, de acordo com o comunicado conjunto.
A análise avaliou 94 casos confirmados de covid-19 em participantes dos testes. O estudo envolveu 43.538 participantes, com 42% com origens diversas, e nenhuma preocupação séria de segurança foi observada. “Dados de segurança e eficácia adicionais continuam a ser coletados”, diz a nota.
“O ensaio clínico deve continuar até a análise final em 164 casos confirmados, a fim de coletar mais dados e caracterizar o desempenho da vacina candidata em relação a outros pontos finais do estudo”, segundo as empresas.
“Hoje é um grande dia para a ciência e a humanidade. O primeiro conjunto de resultados do nosso ensaio de Fase 3 da vacina de covid-19 fornece a evidência inicial da capacidade da nossa vacina em prevenir a covid-19”, disse Albert Bourla, executivo-chefe da Pfizer.
“A primeira análise provisória de nosso estudo global de Fase 3 fornece evidências de que uma vacina pode prevenir covid-19 com eficácia. Esta é uma vitória para a inovação, ciência e um esforço colaborativo global”, disse Ugur Sahin, executivo-chefe da BioNTech.