São Paulo – A venda da BR Distribuidora pela Petrobras é uma pendência irritante, mas vai ocorrer, só não sabemos quando, disse Rafael Grisolia, presidente da companhia, em teleconferência com analistas.
“O travamento do monopólio da Petrobras no refino limita a nossa comercialização, talvez com outra janela, as negociações com potenciais novos compradores podem entrar em outro patamar. Estamos ativos tanto na parte de logística quanto de melhores produtos”, disse o executivo.
O executivo disse que também está em negociações avançadas com a Lojas Americanas para uma parceria que proporcione maior valor à rede de conveniência.
“Entregar valor no varejo exige parceria forte com a revenda para que ele ofereça uma proposta de valor para o consumidor final, isso exige melhorias na nossa marca, na conveniência, com parceiros como a AME, da B2W”, disse André Natal, diretor executivo de finanças, compras e relações com investidores da BR Distribuidora.
Em sua divulgação de resultados do terceiro trimestre, a empresa disse que está em andamento a revisão completa do modelo de gestão, incluindo gestão de categorias de produtos, revisão do food service e logística de produtos próprios, incluindo ampliação da conveniência por meio de parcerias com Rappi iFood e B2W e da discussão do modelo de negócios com potenciais parceiros.
Os executivos disseram que a companhia está buscando melhorias de margem bruta advindas de estratégias de sourcing e preço e melhor gestão das despesas.
“Na área de varejo, os projetos de precificação passam por melhorias de sistemas e análise de dados, que devem avançar até o final do ano. A melhor leitura de como o precificador da Petrobras se comporta certamente vai se traduzir em melhores margens”, disse Grisolia.
Em relação às expectativas sobre o quarto trimestre, a companhia não divulgou projeções (guidances), mas espera melhores retornos em ciclo otto e diesel, devido à retomada da mobilidade, da atividade econômico e do setor aéreo.