MERCADO AGORA: Veja um sumário dos negócios até o momento

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São Paulo – O Ibovespa acelerou ganhos, chegando a ultrapassar os 107 mil pontos, após a abertura positiva das Bolsas norte-americanas, que avançam na esperança de que uma vacina contra o coronavírus possa ser distribuída em breve. Há expectativa de que a vacina da Pfizer possa ser liberada para uso em dezembro nos Estados Unidos, além de a vacina da Astrazeneca em parceria com a Universidade de Oxford ter anunciado eficácia suficiente.

Por volta das 13h30 (horário de Brasília), o Ibovespa registrava alta de 1,17%, aos 107.283,82 pontos. O volume financeiro do mercado era de aproximadamente R$ 14,2 bilhões. No mercado futuro, o contrato de Ibovespa com vencimento em dezembro de 2020 apresentava avanço de 1,04%, aos 107.315 pontos.

Indicadores norte-americanos divulgados há pouco também ajudam no tom otimista, ofuscando o avanço da segunda onda de coronavírus em vários países que, no entanto, ainda pode trazer volatilidade.

“A Pfizer pediu autorização para a sua vacina na sexta-feira e tem possibilidade de a vacinação nos Estados Unidos ser iniciada em 12 de dezembro. O mercado quer risco e está se posicionando diante das notícias de vacinas, mas também já tem muita coisa cara”, disse o responsável pela mesa de futuros da Genial Investimentos, Roberto Motta, em live.

Motta ainda lembra que a liquidez dos mercados deve diminuir bastante ao longo dessa semana, em função do feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos na quinta-feira.

No fim de semana, o chefe da Operação Warp Speed, Moncef Slaoui, que coordena os esforços nos Estados Unidos em torno de uma vacina, afirmou que as primeiras doses podem ser aplicadas no país a partir de 12 de dezembro. Além disso, a Astrazeneca e a Oxford informaram que sua vacina contra a covid-19 apresentou, em média, 70% de eficácia e, em alguns casos, dependendo do método de aplicação, de 90%.

Ainda no exterior foram divulgados há pouco os PMIs do setor de serviços e do setor industrial nos Estados Unidos, com os dois indicadores subindo mais do que o esperado pelo mercado em novembro.

Entre as ações, as maiores altas do Ibovespa são da Azul (AZUL4 4,56%), da CSN (CSAN3 4,45%) e da Cosan (CSAN3 4,33%).Os papéis da Petrobras (PETR3 3,33%; PETR4 3,50%) também estão entre as maiores altas, em dia de alta dos preços do petróleo.

Na contramão, as maiores quedas do índice são de varejistas, como Carrefour (CRFB3 -5,05%), do Magazine Luiza (MGLU3 -3,30%) e do Pão de Açucar (PCAR3 -2,63%). O Carrefour enfrentou protestos em frente a algumas lojas depois do assassinato de João Alberto Silveira Freitas por seguranças de uma unidade em Porto Alegre (RS).

Após queda firme na abertura dos negócios, o dólar comercial passou a subir frente ao real e busca os R$ 5,40 em movimento local após a divisa operar abaixo de R$ 5,35, mas atento ao exterior onde prevalece um otimismo em meio às notícias sobre a eficácia de testes de vacinas contra o novo coronavírus.

Por volta das 13h30, o dólar comercial registrava alta de 0,94%, sendo negociado a R$ 5,4390 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em dezembro de 2020 apresentava avanço de 1,07%, cotado a R$ 5,438.

“A moeda ficou barata [abaixo de R$ 5,35]. Importadores e tesourarias de banco entraram no mercado, aproveitando o preço, e o dólar passou a ganhar valor aqui e um pouco lá fora frente a algumas divisas emergentes”, comenta o diretor superintendente de câmbio da Correparti, Jefferson Rugik.

Ele acrescenta que, diante dos “problemas fiscais do país”, ainda há imposição de cautela no mercado doméstico. Mesmo em meio ao “conjunto” de notícias promissoras sobre testes de vacinas contra o novo coronavírus que eleva o otimismo de ativos no mercado global.

“O laboratório AstraZeneca anunciou que a vacina desenvolvida em parceria com a Universidade de Oxford atingiu entre 65% e 90% de eficácia. Ela, junto com a [vacina da] Pfizer e da Moderna, já são três alternativas contra a pandemia”, comenta a equipe econômica da XP Investimentos.

As taxas dos contratos de juros futuros (DIs) sustentam leves altas, com o movimento de colocação de prêmios ganhando força ao longo da curva a termo e indo na contramão do sinal negativo ensaiado pelo dólar. Os riscos fiscais seguem no radar dos investidores, enquanto aguardam a prévia deste mês da inflação oficial ao consumidor brasileiro (IPCA-15), amanhã.

Às 13h30, o DI para janeiro de 2022 tinha taxa de 3,42%, de 3,36% no ajuste anterior, ao final da semana passada; o DI para janeiro de 2023 projetava taxa de 5,22%, de 5,12% após o ajuste na última sexta-feira; o DI para janeiro de 2025 estava em 7,09%, de 6,95%; e o DI para janeiro de 2027 tinha taxa de 7,87%, de 7,74%, na mesma comparação.