São Paulo – A recuperação da economia brasileira deve ocorrer de forma gradual, em particular no setor de serviços, que está enfrentando mais dificuldades para recuperar os níveis observados antes da pandemia de covid-19, disse o diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), Felipe Salto.
“A recuperação não vai ser numa trajetória tão rápida. Indústria e comércio, sim, apresentam recuperação mais pujante, mas o setor de serviços apresenta trajetória mais gradual de recuperação”, afirmou, durante audiência em comissão mista do Congresso Nacional.
Recentemente, a IFI revisou a previsão de queda do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2020 de 6,5% para 5,0%, com crescimento de 2,8% no ano que vem.
A expectativa para o Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no cenário base foi revisada de 1,4% para 3,0% em 2020, mas com risco controlado na presença de atividade fraca, e a previsão para a Selic, a taxa básica de juros, foi mantida em 2,0% até perto do fim de 2021.
A IFI também melhorou a previsão para as projeções de receita em 2020 em função da recuperação da atividade econômica e, principalmente, do pagamento de impostos diferidos ainda em 2020. Desta forma, o déficit primário deve totalizar R$ 779,8 bilhões em 2020 – rombo menor qu eo de R$ 877,8 bilhões estimado em junho.